domingo, 18 de setembro de 2016

Vibrações do Alto

Vibrações do Alto

  
Subo a colina sem hesitar
Como a promessa não paga
É qualquer forma de curar
O mal criado no cativeiro da alma.


Do alto um microfone solitário
Esperando pelo andarilho
Ao contrário dos palcos da vida
Esse ambiente cênico
É para uma relação íntima
De Pai e filho...


São tantas falas mudas
Para proferir e esvaziar
O espírito das poeiras mundanas
Emoções frias e quentes
Humanas e carinhos partidos
Olhos carentes de perdão.


O ator não precisa de microfone
Ele grita o nome projetado
No infinito imaginário.
O calor emocional do último espectador
Sozinho que nunca conheceu
Mas agora de te ama
Sem mesmo saber seu nome.


O poeta triste pinta o rosto
Esconde se atrás do palhaço
Que na fria risada
Chora a perda de sua amada
Ainda que leve nome de ladrão
Do coração alheio.


Desligo o microfone
Descendo a colina
Ao som inspirador
Da última melodia no saxofone
O blues da águia
Que maravilhosamente aguça
A visão em busca da Divina Vitória.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano








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