quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Atemporal

Atemporal



Tempestade de palavras
Raios e trovões encobrem
Gritos de pavor das almas
Tristes corações perdidos
No assolear da palavra, Amém.


Foi em sonho observado
Um Templo vazio
Sem imagens, sem cadeiras.
Apenas um lugar iluminado
O único frio vinha do meu interior
Com dúvidas que permeiam
O limiar da dor do espírito aprisionado.


Aconchegado pela Energia
Perdi-me no tempo
Sem saber se era noite ou dia.
Tentei abrir uma das janelas
Ouvi gritos de dor e gemido
Som plangente, algia lancinante.
Profecia em ascensão
Medo não sentia, estava protegido.


Atemporal ficou minha oração
Certa voz ao longe enunciava
A missão do jovem guerreiro.
O sonho acabou, fiz um pronunciamento.
Estamos presos no tempo
Entretanto, ninguém quer a liberdade.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano







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