segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Brincantes

Brincantes



Antes de sair da corte real
Pausa, silêncio e oração.
Tudo tem que ser Divino e especial.
Preparados, um sorriso e um abração.


Sigo confiante, alegre e contente.
Desembarcando na alfândega da alegria
Nada a declarar, apenas uma sobrinha a mão.
Pai e filho, dois brincantes na folia.


Cada passo, uma descoberta.
Pedra e trilhos do passado
Rua da Moeda, depois Mariz de Barros.
Mansidão na Rua Marquês de Olinda
Bom Jesus todo o Brilho nos seduz.


Na Praça do Arsenal aquele sorriso
A nossa arma perigosa
Sentados a praça soltando bolinhas de sabão
Graciosa brincadeira e descontração
Ao longe uma canção conhecida
Um velho poeta e uma prosa da vida
Criança feliz e livre como seu encantamento
Felicidade era pouca naquele momento.


Retornando pelos passos percorridos
Na esquina uma multidão colorida
Um som conhecido, tambores do maracatu.
Olhar de surpresa e admiração
Melodia que reverência uma Nação
É hora do adeus e na partida
Um breve até logo e a sobrinha sempre a mão.


Versos que não cabem na folha de papel
Sentimentos guardados em fotografia
Encantamento de João Emmanuell
Ensinamento reinado nessa simples poesia.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano






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