Diamante Rosa
Era uma manhã calma e fria
Do alto de uma janela a
paisagem
Sorria com o esplendor da
vida
Flores, animais e humanos,
Em plena harmonia.
Uma rosa do alto de uma
sacada
Decide aventurar-se rio
abaixo
Por sorte não ficou
despetalada
Não havia correnteza apenas
A leveza das águas calma.
Um destino incerto lhe
aguardava
Curtiu toda vida ao redor
Por onde passava era só
encanto
Até que nas encruzilhadas do
destino
Encontrou outra rosa para
seu espanto
Viagem de luz e cor, apenas
dois peregrinos.
A brisa fria não mais sentia
As águas agora com marolas
Mornas como banho de
donzelas
Dia após dia dois viajantes
pelo mundo
A companhia ideal para tudo
desfrutar.
Cantos dos pássaros e ondas
macias
Todo um universo a
compartilhar.
Agora o vento forte e sol
alaranjado
Preocupava aqueles dois
apaixonados
Viaje longa e as pétalas
começam a cair
Resolvem então juntar-se
mais
Como proteção e suas belezas
naturais
O tempo não vir a destruir.
Tanto tempo viajando não deu
conta
A distância da velha morada
Que importa? Foram dias
maravilhosos
Junto à pessoa amada.
O frio nesse momento
castigava
As rosas que um dia
almejaram a vida conhecerem.
Era tanto frio que os dois
de tão juntos pareciam
Um só...
Tantas recordações que não
permitia esquecerem
Que uma grande e longa
viagem
Só pode ser bonita se aos
dois pertencer.
A friagem congelou os
aventureiros
Ninguém até hoje sabe o
final
Dessa linda aventura.
Acontece que o enlace
especial
Tem como grande testemunha
A natureza e o Divino
Transcendental.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
.
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