Celibatário
Respiro o ar impuro das
emoções
Vento norte exalando
maléfica essência
Morte certa de imperfeitas
sensações
Grito no silêncio da
noite...
Certa idade almeja-se
companhia
Em revelia o desejo forte de
querer mais
Sentença da perpetuidade
Contumaz vontade própria
Joia da beleza reconhecida
Preciosidade levada à
escória.
O desejo amargo do
celibatário
Princípio espiritual do
Homem
Farpas e beijos se consumem
Relacionamentos de aberto
cenário
Coxias limpas, monólogo da
solidão.
O vazio interior pobre e
revolucionário.
Carente de aplausos no
coração
Único perdido na multidão.
Excitado acordo, presentes
alucinações
Lavo e enxáguo o rosto
precificado
Pensamento vivo em vários
corações
A família me espera a mesa
Na certeza de aniquilar
abstrações...
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
Nenhum comentário:
Postar um comentário