quinta-feira, 8 de junho de 2017

Celibatário

Celibatário



Respiro o ar impuro das emoções
Vento norte exalando maléfica essência
Morte certa de imperfeitas sensações
Grito no silêncio da noite...


Certa idade almeja-se companhia
Em revelia o desejo forte de querer mais
Sentença da perpetuidade
Contumaz vontade própria
Joia da beleza reconhecida
Preciosidade levada à escória.
O desejo amargo do celibatário
Princípio espiritual do Homem
Farpas e beijos se consumem
Relacionamentos de aberto cenário
Coxias limpas, monólogo da solidão.
O vazio interior pobre e revolucionário.
Carente de aplausos no coração
Único perdido na multidão.


Excitado acordo, presentes alucinações
Lavo e enxáguo o rosto precificado
Pensamento vivo em vários corações
A família me espera a mesa
Na certeza de aniquilar abstrações...


Fernando Matos
Poeta Pernambucano








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