sexta-feira, 9 de junho de 2017

Justificado

Justificado



Não quero seus sonhos
Cansei dos intensos desejos
Embriaguei-me dos beijos
Tudo em demasia é medonho
Os abraços secos... Estranho.
Liberdade a fantasia explícita.
Não limita e excita os afagos
Objeto de comportamento
Saliente sabor amargo...


Devolva-me a saliva
Ativa em teu corpo ardente
Germinando o grão docemente
Suor extraído e perdido
Entre lençóis empoeirados
Provas de um crime circunstancial
Perdidamente passional...
Não me leve a mal o fruto adocicado
Extraído das entranhas de tua carência.
Amanhã reiniciaremos esse ato carnal
Impróprio e não justificado.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


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