domingo, 10 de junho de 2018

Efêmero


Efêmero


Pegadas longas de pouca duração
Tão breve é tua singela e pura existência
Palavras transitórias que causam dolência
A lástima caminhada de uma curta criação.

O Tempo se une ao pequeno espaço provisório
A Nau das ilusões atinge o nível máximo de contingentes
Nada perdura após a lágrima seca do poente.
Sou surdo e mudo ao bem e mal transitório.

O modo de viver depende da morada interior
A presença que se faz ausente no final da vida.
Quero distância da imagem não refletida
No âmago amargo da minha desafortunada dor.

O Adeus não é absorvido pela carne e sim pela alma.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


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