Efêmero
Pegadas longas de pouca
duração
Tão breve é tua singela e
pura existência
Palavras transitórias que
causam dolência
A lástima caminhada de uma
curta criação.
O Tempo se une ao pequeno
espaço provisório
A Nau das ilusões atinge o
nível máximo de contingentes
Nada perdura após a lágrima
seca do poente.
Sou surdo e mudo ao bem e mal
transitório.
O modo de viver depende da
morada interior
A presença que se faz
ausente no final da vida.
Quero distância da imagem
não refletida
No âmago amargo da minha
desafortunada dor.
O Adeus não é absorvido pela
carne e sim pela alma.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
Nenhum comentário:
Postar um comentário