quarta-feira, 22 de junho de 2016

ALUIMENTO

Aluimento



Acordo ainda sonolento
Tento puxar o lençol da realidade
Entretanto o corpo lento
Insinua a fuga
A idade passa como vento
Tornado da alma incrédula
Pensamentos cruéis e malvados.


Ouço uma voz ao longe   
Recomenda o medicamento
Que desespero em levantar
O braço...
Ansiolítico o que considero ridículo
Cansaço e o ser amassado
Igual roupa de bordel.


Alcova da solidão
Olhos negros como o quarto
Escuro...
Estou em depressão
Luto com meus próprios inimigos
Sinto o luto estampado nos amigos
Que perdi por não ter mais do rosto da coragem.


Bobagem, vozes das inverdades.
Eu conjugo o pior verbo do sofrer
Sendo obrigado a amanhecer na minha
Própria escuridão...
Esquecer que existo
Insisto em combater meus demônios
Todos têm um nome: Pensamentos
Pseudônimos do último suspiro.


Depressão,
Dê pressão aos descontentamentos
Momentos são únicos
O hoje não voltará mais
Amanhã é o futuro da minha ansiedade
Já não tenho forças
A idade me consome.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano






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