domingo, 23 de setembro de 2018

Desapegado


Desapegado


Quem pensa que és?
Para me dizer que nada sou
Ou insinuar que insano estou...
A vida ensinou-me a entender
Que nenhuma célula envelhece
Sem compreender a evolução do ser...
A mente pode às vezes entrar em contradição
Todavia na estrada de mão única do viver
É poder estar livre de qualquer lógica.

Quem é você?
Em reclamar de minhas lágrimas matinais
O soluço que consegue transmitir em silêncio
As angústias vividas nas penas carnais.
Minha alma não é seca conseguindo coexistir
Nas intempéries e nos prazeres essenciais.

Você nunca vai entender...
A mão que ficou vazia quando ajuda procurou
Atrair forças positivas no jeito simples de escrever
Na incerteza que o desejo sentiu, mas entusiasmo voo...
Logo mais a noite chegará e outra vez me esconder
Nas palavras mudas e sem querer, o corpo pranteou.

Eu sei quem você é...
O amor que sempre sonhei...
Desejo puro ao qual um dia busquei
Como quem planta uma semente no jardim
Desapegado de qualquer expectativa
Apenas vivendo o feitiço do alecrim dourado
Almejando amar e ser amado...
Assim em versos tão singelos defina a vida
Na condição de quem espera ser consolado
Pelo destino e sorrir feito criança 
Que mesmo sem esperança ganhou 
Uma velha locomotiva...


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Indelével Saudade


Indelével Saudade



A sensibilidade que nunca acabará
Permanente carinho guardado no coração
Forte sempre será a Luz da União
Nenhuma distância no mundo finalizará.

Fatos que nos deixaram impressionar
Que o tempo não corrói...
Nem tão pouco a saudade destrói
Perfazendo lembranças para emocionar.

Reminiscência indelével e o tempo fragmentado
Tudo foi uma construção de verdade
A morte foi à pior de toda a maldade.
Recordação que deixa nosso peita consolado.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


domingo, 16 de setembro de 2018

Increpação


Increpação


Sentimentos não controlados
Ações totalmente reprimidas
Fiscalizador de diversos atos
Ceifando vidas ainda não vividas.

Independência nas mais diversas restrições
O caminhar precisa ser livre
Não censurando todas as ações
O vento é doce para que a liberdade vive...

Repreender não é educar com qualidade
O Poder está na descoberta do conhecimento
É se errando que o acerto chega com habilidade
Reformulando o caminho do pensamento.

As imperfeições têm sua origem na consciência
Ato evolutivo no exercício diário
O dever social cumprido com decência
Repressão não é doutrina do verdadeiro missionário.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano












sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Espelho D'Água


Espelho d’água


Vejo o mal que assola a humanidade

Interior negro de conflitos inimagináveis

Mentes perversas e tão vulneráveis

Ansiedade que consome a desigualdade.

 

O tempo não para...

A vida que segue...

Mundo novo que se ergue...

Angústia não rimada...

Natureza humana estagnada...

 

A porta da liberdade de via única

Espelho que busca a pureza espiritual

Caminho místico com sonho imaterial

Água que reflete a verdade dos corações

O cristal reverbera a sonoridade angelical

Mãos em busca das reais afeições...

Julgamento de uma sociedade bestial

Alimentando-se da íntima mágoa...

Refletida na Infinitude do espelho d’água.

 

 

 

 

Fernando Matos

Poeta Pernambucano