quarta-feira, 31 de março de 2021

O Olhar Humano da Páscoa

 

O Olhar Humano da Páscoa

 

Ele nasceu puro e em uma manjedoura

Passou seus primeiros minutos de vida.

Nem imaginava que a crucificação

Seria o início de uma grandiosa missão

Entre os Cristãos após sua despedida.

 

A palavra era dita em voz pacífica

Com ensinamentos de pura verdade

Levou paz onde foi plantada a maldade.

Muitos acreditavam em uma revolução,

Mas foi através da oração que Ele viveu.

Ninguém entendeu e por nós Ele morreu...

 

Páscoa é Libertação...

Sentir-se vivo apesar o beijo frio da noite

Levando açoite e lágrima na escuridão.

O Olhar Humano muda através da dor.

A flor do amor que renasce no coração.

 

Páscoa é ligação do Homem com o Criador

Onde o maior sacrifício humano

Aconteceu entre prantos de dor.

Vamos rebrotar a harmonia do perdão

Através de atitudes e da caridade pura

Que leva a cura a toda infeliz enfermidade.

Ressuscitar por meio de uma ação...

Você vai, eu vou.

Essa foi a melhor lição que Ele nos deixou.

 

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr. h.c. em Arte e Poesia

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



segunda-feira, 29 de março de 2021

Força na Linguagem

 

Força na Linguagem

 

A imagem da nossa terra tem a bravura

Da força de uma linguagem bem peculiar.

No Nordeste só fale se tiver coragem

Pois quem fala muito sem sentido

Só diz mesmo é bobagem.

 

Não vem com essa história de mangar

De alguém... Se não se enxerga direito

É só ver como tua alma feia na frente do espelho.

 

Tá com a mulesta dos cachorros doido

Falando mal da minha região?

Já vi que tu não tem juízo não...

Fica quieto e bem comportado

Pra não ver um Nordestino arretado.

 

Aqui ninguém fica pensando na morte

Da bezerra... Ganhar dinheiro não é sorte,

É muito trabalho na lida, na inchada e na foice.

Oxê, é preciso ter sangue do Nordeste na veia

Para entender o que é ser um Cabra da Peste.

 

Ninguém aqui gosta de confusão não,

Aqui é terra de gente de bom coração.

Que só se atraca quando se arrepia

Com um cheiro no cangote.

Caso não goste, fica com

A cor de burro quando foge.

 

Acoitar safadeza jamais...

Aliás se namorar é bom demais

Qualquer um vira coiteiro dos namorados

Quem não gosta de ver bem juntinho

Um casalzinho feliz e bem apaixonados?

 

Ainda hei de ver com esses oios que a terra

Há de comer a minha gente brasileira

Vivendo feliz sem nenhuma tranqueira

No poder fazendo vergonha a nossa bandeira.

 

Num arredu o pé daqui não senhor

Sou poeta, sou professor de enfermagem

Onde é preciso muita coragem

Para ajudar o próximo a aliviar sua dor.

 

Você que até aqui chegou a esses versos

Te peço, seja feliz com um coração honesto.

Deus te guie viu...

Pro mode havê paz e justiça

Porque o que nós mais detesta é a tal da preguiça.

Inté mais ver...

 

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr. h.c. em Arte e Poesia

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



 

sábado, 27 de março de 2021

Compaixão

 

Compaixão

 

A distância espiritual nos aproxima.

Enquanto o espaço entre dois pontos

Levou para longe o abraço, a nossa sina.

 

Empatia virou uma relação de mão dupla.

A tristeza alheia ninguém quer saber.

Entender a nós mesmo foi a cruel culpa,

Vivendo sem piedade sem o medo de morrer.

 

É preciso tocar mais que o coração vazio.

A humanidade tem uma história de vida.

Também de muita despedida e um frio intenso...

Não reconhecemos mais as palavras proferidas.  

 

O bem é essencial quando entendemos a união

Construído através da sensibilidade espiritual.

A misericórdia irá aparecer através da concórdia...

O pacto dos sentimentos revelará a grande compaixão.

 

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr. h.c. em Arte e Poesia 

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



sábado, 20 de março de 2021

Extermínio

 Extermínio 


Alguém viu José?

Sim, ele partiu...

Alguém viu Maria?

Sim, ela partiu...

Partiu? Para onde?

Ninguém viu?

Não, nem a família se despediu. 


A população está no esquecimento 

O monetário se tornou obrigatório 

A palavra de ordem é o aniquilamento. 


Não podemos beijar, nem tão pouco abraçar.

As lindas histórias de uma vida 

Agora serão esquecidas na poeira de um álbum. 

A Vida continua associada ao comando de exterminar. 


Mesmo com o abalo de toda desgraça 

Ainda sobrevivemos ao ano da Graça do Senhor...

A dor maior é assistir o assassinato em massa. 


Alguém viu José?

Sim, ele partiu...

Alguém viu Maria?

Sim, ela partiu...

Partiu? Para onde?

Ninguém viu?

Não, nem a família se despediu. 


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano 

Dr h.c Arte e Poesia 

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



terça-feira, 16 de março de 2021

Tesouro Perdido

 

Tesouro Perdido


 

Poetas são sementes da alma.

Seres vivos revelando os elementares...

Significando a magia da vida.

Conhecedor da dor noturna,

Que deixa qualquer face taciturna e frágil.

 

Poetas trabalham na alegria e na dor.

Também sabe que o amor só existe

Para quem persiste na estrada da caridade.

A poesia é fruto de grande união celestial.

Em cada verso há luz ou uma cicatriz,

Que diz que todo ferimento espiritual

Tem cura na raiz da eterna fraternidade.

 

O Poeta é um Tesouro perdido,

Com palavras de forte impacto.

O fato é que às vezes somos distorcidos,

Mas a madrugada revela a sensatez

Que descreditará qualquer estupidez.

Sangue de tinta pura, energia de suavidade

Que perdura nas letras imortais da amizade.

 

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr. h.c. em Arte de Poesia

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



quinta-feira, 11 de março de 2021

Sensíveis

 

Sensíveis

 


Olhos marejados e perdidos.

O frio tornou-se um cobertor.

Feliz é aquele que ainda tem sentidos

Onde a razão faz reverência ao amor.

 

Estamos compartilhando tristezas

Isso não faz parte de nossa natureza.

A destreza humana é bem superior

A toda dor que nos leva as incertezas.

 

A realidade nos transformou em presa.

Uma luta desleal contra os semelhantes.

Que o maior dos sentimentos traga surpresas,

Onde a empatia e o amor sejam mais constantes.

 

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr. h.c. em Arte e Poesia

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



terça-feira, 9 de março de 2021

Extremidade

 

Extremidade


 

Estamos presos na liberdade.

A luz do sol ficou nebulosa.

Semelhantes de cruel maldade.

A palavra tem uma ação perniciosa.

 

Uma amiga me diz: Estamos exaustos.

A melodia de novo dia é o medo...

Onde está o brilho do arvoredo?

Os antagonistas têm olhares falsos.

 

A quem merece o título de Humano?

Onde foi parar o gesto piedoso?

Deus é o Único Ser Misericordioso.

Livrai-nos Senhor do Irmão Tirano.

 

O que nos cabe é chorar e erguer a cabeça.

Quem tem as mãos limpas, sangrará.

A alma ajoelhada perdão irá clamar.

A Luz virá para o Ser Humano que a mereça.

 

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr. h.c. em Arte e Poesia

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



segunda-feira, 1 de março de 2021

A Esperança no Horror

 

A Esperança no Horror

 


O ar inesperadamente ficou ruim.

Tanto para mim como aos irmãos.

Uma sensação de repulsa e espanto

Em cada parte do mundo um quebranto.

 

Onde foi parar aquela linda empatia?

O caráter humano ficou irreconhecível.

O sentimento horrível de estar louco.

O medo irracional machuca-nos pouco a pouco.

 

As cicatrizes nos trouxeram confiança

A crença nos alertou da fragilidade

Feroz maldade de quem poderia ajudar

Vidas ceifadas, descrença, esse foi seu altar.

 

A realidade é que a esperança pode curar.

O desejo de acreditar em várias expectativas.

As energias não morrem, permanecendo vivas.

Concretizando a utopia na força objetiva.

 

Virtude como esperança, fé e caridade,

Salvará a humanidade da escuridão.

Tudo que foi gerado no terror,

Será expurgado em nome do Grande Amor.

 

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr. h.c. em Arte e Poesia

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google. 



Respeite a Enfermagem

 Acadêmico: Fernando Matos 

Patronessse: Izabel dos Santos 

Cadeira: 09


Poesia do Acaso 


Não somos heróis...

Somos protagonistas de uma guerra.

Uma batalha diária e isso dói. 

A dor em não ser reconhecido,

Mas estamos na lida

Sendo testemunha de cada partida 

Usamos o Verbo Cuidar 

Na certeza de ajudar e ter merecido 

A honra de trabalhar com devoção 

Também com a permissão da imagem Divina.

Não é sina, é Amor à Enfermagem. 


Fernando Matos 

Poeta e Enfermeiro Pernambucano 

Dr. h.c. em Arte e Poesia 

(Direitos Reservados ao Autor)