sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Quando Estou Triste


Quando Estou Triste
  

Subitamente ela chega e faz morada
Parece tão íntima e a vontade
Encosta com jeito de amante apaixonada
Tento inutilmente um grito de liberdade.


O corpo sente as dores do eterno tempo
A tristeza se alimenta dessa oportunidade
Tenta ser o alfa no âmago do pensamento
Lamento não ter mais a jovem vitalidade.


Pego uma caneta e ponho-me a escrever
Então uma reação começa a brotar
Relembro que a Oração me faz renascer
Ergo a cabeça e sigo o caminho a brilhar...


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



Olhos do Pecado


Olhos do Pecado


Não sei se foi sem querer ou proposital
Um olhar sem maldade atravessou o caminho
Outro olhar com desejo almejou nosso ninho
A vontade e o anseio de um jeito intencional.


Crescemos mas com alucinações de adolescente
Aspirava te encontrar ali no meio do nada...
Querer nem sempre é tudo que se esperava
Da separação dos quereres em nossa mente.


Se o mundo gira muito devagar
Vou caminhando e acenando
Na vontade enorme de poder
Mais uma vez ou a última te encontrar
Com o mesmo brilho no olhar...


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



domingo, 10 de novembro de 2019

Adeus Sem Despedidas


Adeus Sem Despedidas


Após a noite vem à velocidade do dia
Planos e projetos a cumprir
Sem tempo hábil por vir...
A luta de uma vida e suas agonias.

Sem oportunidade para um encontro
Sem oportunidade para um beijo
Nem lembramos o último desejo
Vivemos abandonados em total desencontro.

Abrace com a energia da alma
Aperte a mão sentindo a força
Que move todo o seu universo...
Destino perdido no espaço sem chão.

Tudo depois será uma eterna despedida
Lembranças de um adeus perdido no vento
Torturas no calabouço do pensamento
O devido tempo virá nas amargas recordações...
Tempo que voa nas asas quebradas de uma vida.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


sábado, 2 de novembro de 2019

Legendas


Legendas


O sentimento tem faces diferentes
Dores que se associam a vários amores
Certeza de um sonho lindo após o pesadelo
A tristeza parecendo infinita não controla a mente
Que teima na resistência do controle do medo.

A falta que alguém deixou na caminhada
Aquela conversa boba no finalzinho de tarde
Sensação de prazer na alma eternizada
Só o vazio do diálogo, logo o espírito arde...
Deixando a saudade fazer sua morada.

A mente nunca mente deixando na consciência
As mentiras e verdades proferidas ao longo da idade
Cabe ao viajante guardar apenas o que for bondade
Se der consentimento valerá mais o sentimento
Do encontro ao invés do infinito pesar da essência.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano