terça-feira, 19 de junho de 2018

Rude


Rude



Insensíveis olhares, crítica desagradável
Arranquei os olhos, grosseiro e asqueroso gesto
Vislumbrei o belo e macularam o único afeto.
Caminhar ao luar ainda é um sonho bem agradável...

Indelicados passos na caminhada infinita
Mutilo os pés nada é durável ficando inerte
O que é provocado na presente jornada
Acaba no pronunciamento da palavra maldita.

O dialeto permanece ocasionalmente silenciado
Venho haurir a língua que na saudosa vida
Versou o amor, agora nem o adeus profere na despedida.
O ósculo de intenso sentimento, agora enevoado.

A dor da alma ninguém consegue suportar
Realização árdua e malévola da cumplicidade
Meigo e singelo renascer no presente adeus
Caridade é esquecer, divindade é perdoar.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano


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