VITRINE EVASIVA
Trafego por estradas
Reais e asfaltos feridos.
Uma visão nua da natureza
Viva que estende a mão
E tem sobrenome de pobreza.
Nem tudo que passa
É visto pelo retrovisor
De uma existência negativa.
A porta se abre para quem
Possui a chave da sorte
alheia
Ao contrário de alguns que
nascem
Com sobrenome timbrado e
prerrogativas.
Já não tenho tanta pressa
E ando não devagar mas
Em passos silenciosos
Contemplando cada olhar.
Vitrines de um passado
perdido
E escuso.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano