terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Melodia da Tarde

Melodia da Tarde.


Fim de tarde nos corações
O céu não arde mais que a saudade.
Pássaros silenciam a sinfonia
Anunciando o fim de mais um dia.


Lembranças serão guardadas
Mágoas trabalhadas no interior profundo
Perdão escondido no mundo pessoal
Perdido lume espiritual.


A carne que despedisse
Espíritos gritam a ouvidos surdos
Meu silêncio não é mudo
É provocante o brilho
Transmitido por esse corpo
Fulgor do pôr do sol.


Tento manter distância
Mas a ânsia da partida
Destrói a lágrima da despedida.
Tento manter a distância...
No entanto as linhas poéticas
Unem-me para não perder
A melodia da vida.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano





domingo, 18 de dezembro de 2016

Natal Humano

Natal Humano


Não acredito no natal dos homens, mas sonho com o Natal do Homem. A vida não é só de presentes materiais, o presente maior é o sopro da Vida e tudo que ela contempla e completa. O berço de cada história inicia-se na Família, uma pessoa sem o laço familiar é uma poeira solta no tempo perdido, uma árvore sem raiz seca e infértil. Sabemos que nem tudo são flores, mas quem disse que seria fácil entender-se e pior, compreender o seu próximo? Laço se constrói com farpas e perfume de flores silvestres. Antes de perturbar-se diante da necessidade de comprar um presente, seja esse presente tão esperado no coração de quem se ama, porque um dia tudo acaba ficando apenas uma lembrança solta no pensamento.


Não acredito no natal dos homens, mas sonho com o Natal do Homem. Respeito, consideração, atenção, amor e carinho não precisam estar na contramão da evolução humana. Paixão é sofrimento, amor é sentimento que tranquiliza e harmoniza a alma. Nossa segunda família são os amigos que reencontramos em cada nova jornada, como sabemos? Luz é a resposta. Invisivelmente emanamos um raio de Luz perfeito quando nascemos e ao continuar a jornada cabe a nós aumentar o campo de força dessa magnitude elétrica/espiritual e reconectarmos com os semelhantes que nos atraem. Quanto maior a Energia Vital, melhor fica a visualização da nossa estrada e novos feixes de luzes serão conectados.


Não acredito no natal dos homens, mas sonho com o Natal do Homem. Cada corpo é um templo sagrado que necessita de limpeza, harmonização e alimento. Alimentos que podem ser espirituais ou orgânicos. Sentir fome é afastar-se da evolução, a Oração é o nutriente da alma, o pão de cada dia é o sustento da matéria, perfeita harmonia. Quantos de nós nos encontramos assim hoje? Se Deus é um todo, por que não compartilhamos o pão? Se formos células perfeitas de um único Ser, porque nos afastamos ao invés de unirmos em oração? Tenho as minhas respostas e não desejo interferir no final particular de cada um de nós... Fé é acreditar no que não se vê e ainda colocar em uma frase sem nexo, sujeito e predicado corretamente.


Não acredito no natal dos homens, mas sonho com o Natal do Homem. O que a humanidade fez pela paz? Mataram seus semelhantes. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo...” parece congruente, porém pouco pragmático. Não tenho medo da Verdade, mas o que a realidade dos fatos possa nos cegar no caminho de volta para casa. O Natal do Homem está dentro de cada um de nós, sendo flor para um mundo melhor e necessitando de Luz para continuar a desabrochar em outros corações.


Um Feliz Natal do Homem...


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Tempo Delicado

Tempo Delicado


O que falar do tempo?
Sentimentos são estradas longas,
Às vezes percorridas,
Às vezes perdidas.


Ansiedade do encontro
Despedias e lágrimas
Causadas pelo desencontro
Do destino, incerto caminho.


Dias, meses décadas passaram,
Como um filme de longa duração
Épocas vivenciadas e guardadas
No âmago do coração
Álbum de eternas recordações.


O que falar do Tempo?
Tão cruel, tão implacável,
Às vezes tão inspirador
Outras vezes mutável
Provocando alegrias, lágrimas e dor.
O Tempo tem seu papel
Seja na longa e temida estrada
Da vida, no infinito céu atemporal.
Não faz mal, sigamos construindo,
Com espírito de menino a jornada
Que nunca acaba.
Sempre recomeça no amanhecer
Com as bênçãos do Criador
No fervor do terno Ser.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano






sábado, 10 de dezembro de 2016

Amparo do Morro

Amparo do Morro


Por aclamação de um povo
Indo a pé, subindo de costas,
Não importa o sacrifício.
Para Imaculada do Morro
Nada é difícil a essa gente
Que sobre o morro contente
Gratidão pela vitória sobre a batalha
Diária rendendo graças de novo.


Existe todo um motivo
Para agradecer com alegria
Subindo o morro, o lenitivo.
Praticando a homilia sagrada
Rogamos a Vossa Bênção e Proteção
Imaculada Virgem da Conceição.


Fruto Divino é Tua Concepção
Maria Nossa Mãe
Na Saúde e na doença
Tua presença é Luz,
Amor e Proteção.


Outrora foi tua apresentação
Ao povo desta cidade
Criança, jovem adulto de toda idade.
Rende graças e devoção
A Senhora do Morro
Conceição do Povo.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano




terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Recife, Minha Eterna Poesia

Recife, Minha Poesia...


Recife de nossas gerações
Cultura que envolve
Emocionando corações.


Recife da nossa história
Grandes lutas, vencidas.
Nosso dia a dia ainda requer
Várias conquistas.


Recife raízes de nossa Herança
Caminhamos juntos com coragem destemida
Em estradas de Esperança.
Paragem de almas acolhidas.


Recife multicultural
Da Poesia de calçadas
Teatro monumental
Das pontes históricas
Samba, frevo puro carnaval.
É inspiração diária
Ao som forte da Alfaia
Ritmando nossa Tradição
Força de todo dia
Recife, Eterna Minha Poesia.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Início e Fim...

Início e Fim...


A criação da vida
Nunca foi dúvida aos crentes
Persistentes foram os cientistas
Na longa lida de estórias
Transformando-se em histórias
A humanidade agradece a contribuição
Quando a crença está no verbo
Equívocos da evolução...


Terra que alimenta a carne
A carne devolvida a Terra
Poeira do tempo sem fim
Lindas canções do Jardim do Éden
Perdidas no mapa da história.


Ar que sustenta a raça humana
Às vezes de reações tão insanas
Com as poluições ligeiras
Destrutivas gerações
Futuras e pretéritas.


Fogo que revela rostos
Passado tão presente
Onde a mente devagar
Não consegue alcançar
A magia natural do Ser.
Nascer na dúvida do pensamento
Viver na lembrança da fotografia
Morrer no esquecimento do dia a dia.


Água que nos leva
Rios que nos aprazem
Corpos jazem e caminham inertes
Em busca de salvação
Tentando superar
Uma nova reencarnação
Buscando o caminho
A volta da Criação.


Quem é Deus?
Deus vive?
Quem sobrevive à certeza?
Momento é presente
Futuro de grande incerteza
Deus é a essência
Que a ciência não define
Deus vive nos elementos
Supera nossos pensamentos
O Senhor do Início e do Fim...
Do meu verso,
Grande Arquiteto do Universo.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano



sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Não Dá Para Acreditar

Não Dá Para Acreditar


Até parece inocência
Nem todo alimento alimenta
A alma sofrida e o corpo flagelado
Sem clemência da maldade
Que por crueldade deixa pisoteado
As palavras geradas na luz do ambiente
Calmo e sereno caminho tendo
Inspiração que fortaleza a mente.


Cansei de verbalizar o Amor...
Cansei de germinar palavras de ordem
Razão embeleza o Pensador Grego
O medo pertence aos mortais
Que se trata por iguais
Vivem de mentiras
Engordam suas almas de intrigas.


Não dá para acreditar
Percorri tantas estradas de verão a inverno
Sem ter o direito de Amar...
Entre a maldição e a vida no inferno
O pensamento em Deus é o resgate da alma
Ninguém deseja morada sem Luz
Sendo filho do Pai Eterno.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano