Brincantes
Antes de sair da corte real
Pausa, silêncio e oração.
Tudo tem que ser Divino e
especial.
Preparados, um sorriso e um
abração.
Sigo confiante, alegre e
contente.
Desembarcando na alfândega
da alegria
Nada a declarar, apenas uma
sobrinha a mão.
Pai e filho, dois brincantes
na folia.
Cada passo, uma descoberta.
Pedra e trilhos do passado
Rua da Moeda, depois Mariz
de Barros.
Mansidão na Rua Marquês de
Olinda
Bom Jesus todo o Brilho nos
seduz.
Na Praça do Arsenal aquele
sorriso
A nossa arma perigosa
Sentados a praça soltando
bolinhas de sabão
Graciosa brincadeira e
descontração
Ao longe uma canção
conhecida
Um velho poeta e uma prosa
da vida
Criança feliz e livre como
seu encantamento
Felicidade era pouca naquele
momento.
Retornando pelos passos
percorridos
Na esquina uma multidão
colorida
Um som conhecido, tambores
do maracatu.
Olhar de surpresa e
admiração
Melodia que reverência uma
Nação
É hora do adeus e na partida
Um breve até logo e a
sobrinha sempre a mão.
Versos que não cabem na
folha de papel
Sentimentos guardados em
fotografia
Encantamento de João
Emmanuell
Ensinamento reinado nessa
simples poesia.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano