Estância
É chegada à hora de recordar
Sem motivos aparentes a
certeza
Que nem tudo será fiel em
nossa
Mente tão improdutiva em
longos
Anos de estrada em que
caminhadas
De espinhos com cheiro de
rosas
As águas purificam o corpo
Todavia o ar se
responsabiliza
Em limpar as lembranças
Brisa de emoções por vezes
amareladas
Lamentavelmente nem todos
serão
Lembrados na história humana
Imagens guardadas no intimo
peito
Por vezes então levadas ao
leito
Noturno ou de morte na
esperança
Que um dia tenhamos sorte de
mais
Um abraço de saudade ou
pondo fim
A um desejo infinito e assim
continuar
Essa maravilhosa jornada
enfim
Porque toda poesia inspira
fantasia
Entretanto é a vida que se
encarrega
Da longa despedida, levando
um adeus
No lenço branco bailando ao
vento
Sem compor uma melodia de
recordação
Guardo o brilho de uma estância
no pensamento.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano