quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

O Mundo Sem Deus


O Mundo Sem Deus



Nas chagas eternas das lembranças
Os pesadelos é o meu pecado da gula
Medos vivos e sem carne que perdura
A vida longe da prometida bonança.

Os vermes digladiam-se pela carne farta
Corpos amontoam-se no desequilíbrio
A labuta aqui não tem o mesmo brio
Harmonia que não nasce da lagarta...  

O mundo sem Deus...
Dia amanhece na escuridão
Isolamento que germina em cada coração
Nem toda partida merece um adeus.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Madrugada Infinita


Madrugada Infinita



No azul sonhador da madrugada
Fito a beleza estonteante do meu amor
O Sonho que abarca esse declamador
Antes da consumação da impiedosa alvorada.

O corpo ainda quente e aconchegante
Torna-se provocador do íntimo libido
O desejo é forte em consumir o furto proibido
Fato consumado descansa em paz por um instante.

Enalteço a oportunidade do novo recomeço
Trazendo no rosto o sorriso da busca realizada
Beijo respeitosamente o rosto da pretendida amada
Pois comecei o dia com o que de mais belo mereço.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

A Nova Aurora


Nova Aurora



Embarquei no sonho da grande Nau
Deixando no porto todos os medos
Aventura da vida sem terríveis pesadelos
Fazer alguém feliz é a meta afinal...

A solidão do mar não nos apraz
Estrelas que iluminam o pensamento
Longe estou de qualquer firmamento
Caminho seguro sem esquecer jamais

Das terríveis batalhas de outrora
Navegando sem curso voltarei um dia
À morada guardada em fotografia,
Somos trovadores da Nova Aurora.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano
Membro da UBE – União Brasileira de Escritores/PE (Sócio Efetivo)
Academia IPÊ – Academia Internacional de Poetas e Escritores de Enfermagem
ACADÊMICO: Fernando Antônio da Silva
Cadeira nº 9 – patronesse enfermeira Izabel dos Santos 
Amcl – Academia Mundial de Cultura e Literatura
Acadêmico: Fernando Matos
Patrono: Carlos Pena Filho
Cadeira: 52.


domingo, 18 de fevereiro de 2018

Evoé


Evoé

Correm silenciosas as ruas do Recife
O asfalto antes por foliões aquecidos
Segue sua rotina entre ricos e desprovidos
A sociedade a paz e o progresso além do arrecife.

A fantasia colorida imerge a limpeza
As faces taciturnas embuçam as tristezas
Recife segue o destino de rios e correntezas
Na perspectiva viva à volta da folia com certeza.

Satisfeito e feliz caminhamos para além mar
No porto seguro de nossas esperanças
Futuro que se constrói em criativas crianças.

A virtude ilustra a bandeira da cidade
Com muita Força e a iluminada Fé
Voltaremos a gritar com alegria... Evoé.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018


Instituição Malsã



Local silencioso e pouca imaginação
Alaridos na vizinhança, choro e gemidos
Paz que não se concerne, infantis vagidos
Demora um pouco a fatídica percepção.

Aqui não vos preocupeis com o tempo
As horas inexistem para os apressados
Logras apenas a tristeza dos desesperados
Cultivados no livro esquecido do pensamento.

A Oração será a única vossa atenção
Alimento dos moribundos infelizes
Por vós sereis sentenciados igual às meretrizes
Não por aclamação, todavia por prostração.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


domingo, 11 de fevereiro de 2018

Perene Lembrança


Perene Lembrança



Aquele sorriso no canto da boca
Manifestou-me o desejo de conhecer
A novidade que faltava para viver
Imagem real na fotografia fosca...

O vazio acompanhou a realidade
Ninguém muda o curso da vida
Sem sofrer a dor em contrapartida
Aniquilação da própria serenidade.

Hoje tenho outros olhos na caminhada
A continuação deste infortúnio peregrino
Deus renova as forças através de um menino
A mim resta afinal, curti o fim da temporada.

O sofrimento é calado e prolongado
Rir é apenas adiar o fato terminal
O adeus será o meu derradeiro mal
História poética ao incerto perpetuado.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


sábado, 10 de fevereiro de 2018

Muito Além...


Muito Além...


Não pertenço ao céu nem ao inferno
Sou uma energia viva no agora atemporal
Vida perdida entre palavras do bem e do mal
Mensageiro cego do Divino Pai Eterno.

Somos livres e felizes todas as noites
Prisioneiros do futuro de toda manhã
Convalescentes do infinito divã
Sombra ardilosa dos próprios açoites.

Reconheço sorrisos perdidos no tempo
Alegro-me em reconhecê-los na estrada
Estância biográfica da mesma pousada
Reflexões diárias do nosso pensamento.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Frevo Folia


Frevo Folia



Hoje é dia de se entregar à Folia
Brincante que faz parte do Carnaval
Movimento espontâneo, quase acidental
Folguedo lúdico de pura magia.

No ritmo acelerado segue o compasso
Recife canta magistral para o mundo
Dança de alegria a um povo oriundo
De riqueza cultural...
Ao longe enfeitiça com o frevo no paço.

A história pernambucana se eterniza
Matias da Rocha e Joana Batista Ramos
Na Epopéia de Vassourinhas...
Guerreiros do passado perpetuando passos
De Sérgio Lisboa vem o Fogão
Agitando o folião nas artérias magistrais
Da nossa querida Recife.
Que ninguém se esquive do Último Dia
Saudoso Levino Ferreira
A emoção de ouvir o Canhão de Nino Galvão
Recordações de Nelson Ferreira
E o seu Gostosão...
As Três da Tarde de Lídio Macacão
Tudo cabe nessa magia de cores
E canções animando os corações
Encantados do nosso imutável folião.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Você Faz Falta


Você Faz Falta



Afeto, Consideração e Respeito ao Amigo
Grande afeição e lealdade à Amiga
Lição que apreendemos ao longo da vida.
Nas intempéries da caminha é meu abrigo...

O ABC da amizade inicia-se com os pais
Aquele alento no inesquecível jardim de infância
A origem do percurso sem medir distância
Importantes fundamentos essenciais.

Hoje senti a sua falta Amigo...
Hoje senti falta sua Amiga...
Faz-se presente me dizendo: Siga
A coragem chega, então: Eu Sigo.

Sem medo do perigo e com determinação
Magnífica jornada à evolução...  

Tenho receio de perder teu último adeus
No apagar das luzes da ribalta
Sentirei com certeza a tua falta
Restando o olhar de Paz ao lado de Deus.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano