quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Brincadeira de Folião


Brincadeira de Folião


Esse ano não brinco carnaval
Peço a todos que me entenda
Não me leve a mal estou desanimado
Sem máscara e sem fantasia, fatigado.
Confetes e serpentinas perderam o brilho
Esse andarilho não tem mais alegria.
Não vou ouvir marchinhas ou frevo canção
Enclausurado no meu recanto estarei
Esquecerei que um dia fui folião...

Mulher que barulho é esse de tão longe?
É o som dos clarins anunciando o carnaval
Esqueceu que nós vamos ao Galo da madrugada?
Como é inocente essa minha amada
Papai cadê a minha sombrinha?
Não sei onde está filho amado
Nem tão pouco a minha...
Esse menino é carregado de alegria
Fantasia? Não precisa um verdadeiro folião
Carrega no coração a alegoria dos brincantes
Que som inebriante é esse, minha gente?
É o frevo de Vassourinhas e o povo fazendo o passo.
Começo a ficar mais animado e contente
Coloco a bermuda e uma camisa de algodão
Estampo um sorriso pernambucano no rosto
Com a família reunida saio recomposto
De energia, vigor apurado e espírito de folião.
Sou de Pernambuco, um brincante imortal
Sejam todos bem-vindos ao nosso Carnaval.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Encanto e Folia


Encanto e Folia


O bom folião não precisa de fantasia
Sua alegria é o seu melhor adereço
Um preço único para cair no passo
Novos e antigos amigos de folia.
Num abraço único de energia popular.

Todo Pernambucano já esquenta o frevo
Trazendo a magia no compasso da melodia
Com ritmo agitado e impetuoso a cada instante
Assim somos ontem, hoje e para sempre...
Um eterno brincante de brilho multicolorido.

Do interior até a grande capital
De Olinda e suas misteriosas ladeiras
Até o clímax do Recife Antigo
A brincadeira não tem hora para acabar
Cada um com sua mágica sombrinha
Saudando com alegria a majestade, o Frevo.
Ao longe uma só multidão frenética
Realçando a cinética em relevo e encanto
A Força Popular energética... O Carnaval.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano