segunda-feira, 28 de maio de 2018

Quem Sabe Amanhã

Quem Sabe Amanhã


Era de escutar apenas fortes alaridos
Ao mesmo tempo ao longe um clamor
Fiquei assustado e corri ao seu favor
Tudo foi silenciando e não mais havia gritos.

Comecei a sentir um calor aconchegante
Entretanto a voz ainda era de muita agonia
O lugar era escuro mal era possível ver o dia
Havia um desejo enorme de contemplar o semblante.

Aos poucos fui saboreando um gosto amargo
Era inevitável não ouvir tantas tristezas
As notícias já era fato sem incertezas...
Entrei em profundo e fatídico estado letárgico.

A Verdade não demorou ao Espírito chegar
Violaram uma carne pura...
Ao invés de alegria minha chegada era amargura.
Não adianta seguir caminho sem alguém para amar.

A voz de carinho e ternura ao mundo agora ecoa
Não se preocupe mãe, quem sabe amanhã.
Tentei proteger mesmo sem ser teu talismã
A lágrima do perdão, você sentirá na próxima garoa.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


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