sábado, 20 de dezembro de 2025

Frevo Outra Vez.

 Frevo Outra Vez.


Frevo outra vez, construindo história.

A tradição é um eterno aprendizado.

Passa de mão em mão, de passo em passo.

Como a lição viva no chão da memória.


Brincantes são eternos guerreiros.

Com o brilho de suas próprias experiências.

Corpos que bailam com alegria.

Vidas multicoloridas que se mantêm dançando.


Frevo de rua é raça, suor e liberdade.

Frevo de bloco nos unindo no abraço coletivo.

Frevos Canções trazendo belas lembranças.

Frevo e suas emoções, revelando a sua majestade.


Em Pernambuco se brinca Frevo o ano inteiro.

Pode ser no sol, na chuva, ou no intenso calor.

Frevar é a voz do povo, aqui nada é passageiro.

O brincante é um ser libertador.


Frevo secular, aqui nada de timidez.

A herança que faz pulsar até o presente dia.

Promessa que pulará em um futuro de alegria.

Outra vez, sempre o Frevo, outra vez.


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano.

Dr h.c. em Arte e Poesia.

Dr h.c. em Comunicação Social.



quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

O Alquimista do Natal.

 O Alquimista do Natal


Houve um tempo em que a harmonia reinava entre o céu e o firmamento. Nesse período, todos puderam obter lucros financeiros e prosperar com o conhecimento. O Vale das Estrelas reunia grandes vidas humanas da educação, da justiça, do âmbito da saúde, das artes em geral e da literatura. Enfim, em tudo nesse local havia o aroma da sabedoria, e as virtudes humanas eram o propósito de todo morador do vale: Prudência, Justiça, Temperança, Coragem, Fé, Esperança e Caridade. No entanto, nada como uma provação universal para fundamentar que o sal da vida precisa ser temperado e testado entre os homens.


Um certo indivíduo, vestindo roupas estranhas e de comportamento duvidoso, chegou repentinamente ao Vale das Estrelas. Trazia na bagagem o desejo de se igualar ao Criador do Universo: almejava obter todos os bens do mundo só para si, regozijava-se com a tristeza alheia, fazia mau uso da sexualidade, comia em demasia e o seu desperdício de comida era notado por todos. Além de não reconhecer sua pequenez, não praticava a caridade, o que era um insulto para os moradores daquela localidade. Não havia saúde mental naquela pessoa.


Na vida, todos têm seguidores, e com ele não foi diferente; a cidade ficou dividida. Com isso, resolveram segregar a população em cores diferentes. Essa atitude deixou um certo clima negativo na região e os moradores passaram a ficar reclusos, sem direito à comunicação; perderam amizades por conta de uma falsa ideologia.


Todavia, nem todos foram contaminados por essa insensatez. Havia neste vale um morador muito conhecido por todos, a quem deram a alcunha de “Alquimista”. Ele ficou sabendo do ocorrido e, para preservar sua saúde mental, passou a trabalhar à noite e de madrugada, descansando apenas no período da manhã de cada novo dia. Por dias, estudou o novo comportamento dos moradores de sua cidade e percebeu que, durante a noite, muitas lágrimas caíam dessas pobres almas, perdidas na ilusão da escuridão.


Então, resolveu secretamente recolher cada pingo dessas lágrimas sem ser notado. Passou a ter como objetivo descobrir um remédio universal contra essa doença social que assolava a sua querida e amada cidade natal. Foram noites de intenso trabalho transformador, até que, no meio de uma madrugada, ele gritou com toda a força de seu espírito: — Eureca! Aquele brado acordou a todos que, preocupados, foram ver o que ocorria de tão grave, mas só encontraram o silêncio da escuridão. Voltaram a dormir em seus pesadelos noturnos.


O Alquimista pegou sua descoberta e foi colocar aquela poção na caixa-d’água do Vale das Estrelas, sem ninguém perceber. Um novo dia surgiu e todos beberam daquela água, banharam-se nela e aguaram seus jardins, sem notar que suas vidas estavam sendo mudadas. De fato, mudaram; é como se abrissem os olhos para um novo mundo dentro do universo em que viviam. Aquele cidadão de modos estranhos nada gostou das mudanças e foi embora do Vale das Estrelas.


Todos voltaram a viver em harmonia, como deveria ser, mas uma criança foi até o Alquimista e lhe perguntou como tudo aquilo poderia acontecer da noite para o dia. A resposta foi direta: — Meu jovem, eles provaram de suas próprias verdades. A Verdade pode mudar tudo e todos. A Verdade não reside no brilho do que é aparente, mas no silêncio que resta quando as ilusões se calam; ela é o fardo que liberta e o espelho que não mente, o único solo firme onde os passos da alma não falham. Ainda digo mais: a Verdade é tudo aquilo que está contra o seu desejo, mas que muda completamente a nossa vida...


Fernando Matos

Poeta Pernambucano.

Dr h.c. em Arte e Poesia.

Dr h.c. em Comunicação Social.



terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Medo, Grito, Medo. Medo de Viver com Medo.

 Medo, Grito, Medo.

Medo de Viver com Medo


Acordo assustado, um grito sufocado.

Mãos que suplicam a Divina ajuda.

Os pés paralisados de medo: nada muda.

A carne apodrece antes que a alma padeça.


Antes que o dia desapareça, fico cego ao mundo.

A angústia da solidão reflete na multidão surda.

Posso afirmar que o pavor lateja no espírito.

Desgosto social, sentimento impuro e profundo.


No caos, quem tem consciência perde a essência.

Os inocentes se comunicam silenciosamente.

Aprofundam o vasto vazio da mente, socialmente.

É preciso brilhar no âmago da vida, a luz da existência.


Tenho medo, grito baixo para a anarquia.

O segredo de viver é renascer com valentia.

Seguir dia a dia, redescobrindo caminhos.

Cuidado com os atalhos que levam aos espinhos.


A essência do poeta compreende o medo.

Não é segredo que há relações entre as emoções.

Vidas para se escrever, revelando segredos.


Desmudar para entender a dor.

Ir ao fundo do poço, o ego do desgosto.

O mundo pode ofertar o caminho purificador.


Invocar a rebeldia para sobreviver ao dia.

A escuridão nos cerca como bolhas de sabão.

Não há harmonia nas prisões da alma.


Nenhuma alma humana é livre do sofrimento.

A loucura é a sabedoria poética dos excluídos.

No submundo da razão…

Não há luz para os desconhecidos.

O poeta revelou à humanidade o segredo insano.

Mergulho no espírito singular do Ser Humano.


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano

Dr. h.c. em Arte de Poesia 

Dr. h.c. em Comunicação Social



segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

O Silêncio que Fere.

 O Silêncio que Fere.


Na solidão se revela as incertezas.

Às vezes, nem se sabe se há um viver.

Durezas de uma vida é a natureza.

Sem poder decidir, a certeza é morrer.


Eleva-se um clamor: “basta de violência!”

A dor do silêncio oculta o padecer.

Na noite, vem o açoite e a consciência.

Cai um corpo que a sociedade deveria proteger.


No dia a dia, a paz se destrói.

Antes um riso, agora lágrimas e aflição.

A mulher é a luz de toda vida pura.


A leitura infinita entre o Criador e a criatura.

Que Educação, Justiça e Saúde sejam feita.

Então, clarear a ordem de uma soberana nação.


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano.

Dr h.c. em Arte e Poesia 

Dr h.c. em Comunicação Social



Promessa de Amor Sem Fim

 Promessa de Amor Sem Fim 


Uma promessa de amor sem fim…

O tempo passou, tantas lembranças, ah, meu bem.

Recordações que não sai da minha mente.

Dos momentos mais bonitos, recordo também.

Éramos felizes demais, o tempo meu e seu.

Estávamos na flor da idade.

Uma juventude que parecia infinita a nos guiar.

Nosso olhar dizia tudo… um sentimento lindo e profundo. 

Só queria te amar.


Ah, que saudade das caminhadas em noites de luar.

Mãos dadas, eram beijos ardentes pelo ar.

Olhando teu corpo, o desejo carnal a pulsar.

Esse mundo, meu amor, vivia inteiro em mim.


Mas fui buscar no mundo aquilo que nunca traz.

Deixei esse amor, um amor que só me trazia paz.

Só encontrei ilusões, um caminho vazio sem par.

A vida me cobrou um preço de te deixar.

Então quando te vi novamente, o coração bateu contente.

Mas já era tarde demais, o destino já havia traçado outros horizontes.


Ah, que saudade das caminhadas em noites de luar.

Mãos dadas, eram beijos ardentes pelo ar.

Olhando teu corpo, o desejo carnal a pulsar.

Esse mundo, meu amor, vivia inteiro em mim.


Nosso último adeus, ficamos com os olhos marejados.

Juramos seguir sempre em frente, sem guardar mágoas.

Águas passadas não purifica o nosso pecados.

Separados, sim, mas sempre houve um laço a nos prender.

Foi a promessa de um amor puro e verdadeiro que não quer morrer.


Não vai morrer, não…

Nesse peito poético você sempre vai viver.

Meu amor, não vai morrer.

É uma linda história que marcou meu coração.


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano

Dr h.c em Arte e Poesia 

Dr h.c em Comunicação Social 



quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Gratidão ao Senhor do Tempo e da Vida

 Gratidão ao Senhor do Tempo e da Vida.


Gratidão ao Senhor do Tempo e da Vida. 

Em cada amanhecer uma nova luz que brilha. 

A harmonia em nosso lar habita.

O amor que nos fortalece e nos conduz.


Serei sempre grato pelo afeto em familia.

A mesa que nos dá o pão de cada dia 

A labuta que me faz prosperar e me dá energia.

Em termos saúde que renova a nossa alegria.


Com o coração em gratidão e a bênção maior.

Em poder educar meu filho com dignidade.

Trabalhando nele a força da igualdade. 

Com o poder que nos guia pela verdade.


Graças infinitas ao Grande Arquiteto do Universo. 

Aos livramentos que não vejo, mas percebo.

Igual a Davi, Celebro a felicidade em cada verso. 

Como um hino de louvor ao Grande Criador.


Equilíbrio, Força, Fé, União e Sabedoria.


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano.

Dr h.c em Arte e Poesia 

Dr h.c em Comunicação Social.



sábado, 22 de novembro de 2025

O Universo do Nosso Amor.

 O Universo do Nosso Amor. 


O Tempo libertou o nosso amor.

Seguimos a chama forte da confiança.

Trazendo concordância em vez de tristeza

O vento da dúvida entre nós longe passou.

O verso e o universo por nós conspirou.


Na aurora a luz brilha sem melancolia.

Um dia tudo se acalma, o amor não se esgota,

A saudade faz a nota desta nossa canção.

Que meu nome um dia foi saudade.

Hoje a melodia da concórdia alegra o coração.


A mente quando esperta, tudo inspira.

Todo pensamento gira sem perder o compasso.

Quebrei barreiras e me abriguei em teu abraço.

Transformo em poesia todo o nosso laço.


Sonho em paz sem nada me perturbar.

Bons fluidos renovam a nossa natureza.

A pura emoção faz nossas memórias brilhar.


O dia após dia nos levará à eternidade.

Te amo sem redundância e isso é profundo.

Movo céus e mundos para nossa família.

Que as bênçãos nos guie todos os dias.

Nada mais de solidão, só comunhão.


A vida para mim não será mais um segredo.

Uma percepção viva de consonância pura.

Meu coração por ti é firme, já não tenho medo.

Em cada respiração, em cada sentimento.

Um amor para eternizar o tempo.

Aprendi que a flor na vida universal.


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano.

Dr h.c. em Arte e Poesia 

Dr h.c. em Comunicação Social