A
BOÊMIA
A
boêmia do silêncio
Me
criou, uma mesa
Com
duas cadeiras e
Apenas
um assento
Ocupado
com a matéria
Invisível.
Boêmio
não chora,
Lamenta
a despedida
Em
versos soltos que só
Se
agrupam quando a
Ressaca
termina com o
Nome,
cheiro e cor
Feminina.
Os
tragos, as geladas
Sempre
veneram suas
Vítimas
solitárias...
Gracejam
e zombam
Durante
toda noite o
Corpo
inerte e moribundo
De
estômago vazio e letras
Soltas
na cabeça do mundo.
Terno
branco, camisa vermelha,
Sapato
bicolor, gravata desarrumada
Nas
ruas de tijolos antigos.
Hoje
o poeta ressurge sóbrio
Sem
falsos amigos, continua escrevendo
No
silêncio os verso profundos à pessoa
Amada,
esperando a hora exata
Para
dedilhar o violão sem cordas.
Fernando
Matos
Poeta
Pernambucano
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