sábado, 24 de janeiro de 2015

O Bolero de Sábado

O Bolero de Sábado


No momento que você partiu
Meu coração ficou igual a 
Um navio naufragado...
Uma lágrima no rosto e o
Peito amargurado pela despedida.


Cada manhã  é um  sofrimento
E a certeza que quem perdeu
Não foi eu, nem você... O nosso amor
Ficou em pedaços e
Agora sofremos distantes
A consequência despedida
Em melodias de dor.


A lacuna maior vem  no sábado
Sem a parceria no salão
Um bolero sem nota,
Uma mão vazia a espera
Da bela dama de vermelho. 


Fernando Matos
Poeta Pernambucano

http://poetafernandomatos.blogspot.com.br/


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

O ÚLTIMO CARNAVAL

O ÚLTIMO CARNAVAL 


Lembranças invadem 
Sem pedir licença 
Recordações coloridas 
Vão e vem em cores fortes 
E em outras partidas. 


Aquela fantasia multicor 
Hoje causa dor na saudade 
Fotográfica em álbum de borrões 
Pergunto onde ficou o brilho 
Folião? 


As mãos estendidas ao alto 
Exaltava Dionísio em sua 
Fertilidade primitiva.
Agora a idade regula a 
Forma criativa não perjurando 
O conteúdo da animação. 


O tempo muda e as canções 
Não passam de meras 
Recordações antológicas 
As pernas jovens não conseguem 
Saltar suas coreografias.
As tradições carnavalescas 
Terminam na ressaca moral 
Do despertar pagão. 


Guardo o sorriso como bússola 
Que me guiará aos confetes e 
Serpentinas... Marcha Palhaço 
Seguindo o coração pulsante da 
Sua colombina. 


Fernando Matos
Poeta Pernambucano