sábado, 9 de maio de 2015

Piedade, Mãe.



Um choro, um grito de socorro
Vozes desconhecidas me amedrontam
Um suspiro ao longe reconheço,
O alívio de uma jornada inicial.
O frio do novo mundo agora é quente
Junto a pele, a carne macia...
Uma nova proteção noite e dia.
O afago, o primeiro sorriso
É o que para a longa caminhada
Preciso.
Lágrimas serão enxutas e transformadas
Em ensinamentos, já é hora de aprender
A cair e se levantar... Não tenhas medo,
Estarei sempre aqui para te ajudar.
Absorvo essa informação como um escudo
Eterno, magnifico, terno materno.
Aprimoramentos e contentamentos se misturam
No percurso da Vida.
Entretanto só as Mães tem a sabedoria
De entender que entre a Luz e a Escuridão
Existe a misericórdia... O Amor.
Incondicional sentimento que vamos
Entendendo com o passar dos minutos e horas.
Ontem o vazio, hoje a colheita do fruto
Maduro... Novas sementes, a prosperidade.
Renova-se a prole, agora de dois corações
Resiste bravamente novas gerações.
Toda Mãe tem a grandeza de transformar
O nada em tudo... A Piedade Divina, fez da
Piedade menina, mulher, esposa, filha e Mãe.


Fernando Matos (seu filho)
Poeta Pernambucano




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