sábado, 15 de agosto de 2015

Subindo o Morro

Subindo o Morro



Era uma noite clara de sábado, clima suave e a solidão perturbava meu silêncio. Então resolvi sair, peguei a chave do carro e sem rumo fui buscar respostas... Ao subir uma ladeira me deparei com um bar simples, calmo como o meu solilóquio, uma radiola de ficha ideal para minhas perturbadoras ideias. Sentei, pedi ao garçom uma gelada para melhorar o verso e ali começava uma longa conversa de um poeta e três cadeiras vazias.


Aí foi que de longe te avistei, não gritei teu nome por educação, gesticulei com a mão e com graça você veio até minha presença... A conversa seria longa. Papo de bar não é lá tão intelectual, mas quem disse que eu estava afim de conversa nobre? Entre geladas e tira gostos, uma química muito forte surgia, já não eram os olhares inocentes, a cadeira mais perto e então... Um beijo.


Para quem estava em solidão aquele encontro caiu como um presente da deusa Afrodite. Uma conversa a mais no ouvido e saímos do bar, com destino pre determinado... A alcova dos desejos.


Uma replica dos castelos orientais, a luz vermelha e música que nos remetia a viagens pelo deserto. Minha mão quente e voraz já arrancava sua roupa com desespero de adolescente, ela atrevida e faminta cravava suas unhas em minhas costas. O frio da alcova já não era suficientemente para tanto suor misturado. Corpos unidos, nos dirigimos para piscina e ao ar livre sucumbimos nossos corpos na união perfeita do concavo e convexo. Gritos ecoavam pelo ar, mas eram alaridos de fruição e ela na sua melhor performance de bailarina dos sete véus sorria junto com as estrelas.


A noite não é tão longa quando estamos em perfeita sintonia. Veio o amanhecer e junto uma despedida... Para Sempre.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano
http://poetapensadorfernandomatos.blogspot.com.br/



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