sábado, 7 de novembro de 2015

SERTÃO


Direcionando a rota
A ser dirigida, sigo a direção
Pré determinado... Longe estou
Caminhando por estradas do nosso sertão.


Montanhas que parecem mais
Gigantes adormecidos.
O tempo emurchecido, quente e abafado
Faz o lugar esquecido do poder...
A sede aqui é pela fé que se carrega
No Divino Ser...


A sabedoria popular é correta
O único alimento básico é a poeira
Amarelo alaranjado nutrindo o vazio
Do Ser Humano e também do gado.




Casas enormes e lares pequenos
Compõe o quadro vivo de um lugar
Deixado para trás, a mutação agora
É para quem (só)brevive ao meio
Do nada que já foi promessa do mundo.


Refaço o caminho de volta
Contemplando o voo do carcará.
Uma cruz me chama atenção
Me pergunto se a canção da despedida
Foi a melodia do combalido,
Antes forte, bravo e viril... Agora eterno.


Salve esses bravos irmãos
Que a verdadeira
Educação
Foi da Vida na lida...
Todos nós trazemos um sertão no coração.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



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