domingo, 1 de maio de 2016

Compasso De Um Tempo

Compasso  De Um Tempo

No encontro sombrio das coxias
Palavras frias e gestos sincronizados.
A música acompanha o monólogo
Blues na encruzilhada da raiz...

Compreendo que minha embriaguez
Era muito mais a falta, covarde
Da sensatez... O olho do furacão.
Som grave do trovão
Tempestade no mar de palavras solta
Emoção tímida nas noites perdidas.

Atua na mente a enlevação
Sentimentos que necessitam
Fecundar momentos únicos.
Destino é sonho bobo de menino
Somos grandes e capazes
Fortes e arrojados na vontade do Ser...
Apaga-se as luzes da ribalta
Sem aplausos, apenas a sua falta.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano



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