Quem Sabe Amanhã
Era de escutar apenas fortes
alaridos
Ao mesmo tempo ao longe um
clamor
Fiquei assustado e corri ao
seu favor
Tudo foi silenciando e não
mais havia gritos.
Comecei a sentir um calor
aconchegante
Entretanto a voz ainda era
de muita agonia
O lugar era escuro mal era
possível ver o dia
Havia um desejo enorme de
contemplar o semblante.
Aos poucos fui saboreando um
gosto amargo
Era inevitável não ouvir
tantas tristezas
As notícias já era fato sem
incertezas...
Entrei em profundo e
fatídico estado letárgico.
A Verdade não demorou ao
Espírito chegar
Violaram uma carne pura...
Ao invés de alegria minha
chegada era amargura.
Não adianta seguir caminho
sem alguém para amar.
A voz de carinho e ternura
ao mundo agora ecoa
Não se preocupe mãe, quem
sabe amanhã.
Tentei proteger mesmo sem
ser teu talismã
A lágrima do perdão, você
sentirá na próxima garoa.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano