quarta-feira, 18 de julho de 2018

Solilóquio do Caos


Solilóquio do Caos



Hostilidade declarada no coração do país
Falácias embuçam a escuridão da guerra civil
Amizades desfeitas numa batalha social infeliz
Opiniões ceifadas no nascedouro da inteligência.

Estranho acordar sem identificação nacional
A expressão da consciência fatigada no desjejum
A morte é certa e a vida uma verdade casual
Desejos holísticos sem chegar a lugar nenhum. 

O Estado promove ideais desordenadas
Onde a consequência é a extinção social.
Seres divinos em suas missões imaculadas
Ultrajados pelo silêncio político irracional.

Formadores de opiniões sofrem anulação
A cultura padeceu no monólogo sem plateia
O entendimento social no caos da extinção
Orações buscam salvar uma sociedade ateia.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano


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