Estranho

Estranho

Chegastes com a mansidão e pura

Ingrato não soube acolher com cortesia

Entre o bêbado e o equilibrista

Há uma estrada de desejos que se mistura.

Antes de acordar já estava guardando-me

Dos perigos e orientando minha jornada

Feito aluno indisciplinado, pôs-me em retirada

O covarde sempre foge em bando...

Então...

Quando sofri as chagas no corpo quis morrer

Quando a solidão chegou... Desejei morrer

Quando chorei na madrugada fria, almejei morrer

Assim que tudo parecia deserto cobicei, viver.

O sofrimento revela a verdade

A realidade inspira o conhecimento

Renova ideias e elucida o pensamento

Dei-me a mão, Vida, agora caminhemos

Com suavidade...

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Equilíbrio

Equilíbrio

Chuva que alivia o calor

Transtornos de igualdade e semelhança

Eventos que provocam a Fé e a Esperança

Vida assimétrica que nos une através da dor.

Forças que contrabalançam mutuamente

Constante é a perseverança proporcional

As prioridades dissimuladas no meio social  

Exercício psíquico necessita ser integralmente.

A divergência que nos separa a própria essência

Submissão que degenera a capacidade da razão

Sociedade indisciplinada exclusa da sagacidade.

Autocontrole emocional causa indiferença

Uma civilização precisa de domínio absoluto.

Ilimitado senso crítico como resistência e atributo...

Raciocínio sagaz seja sempre a nossa maior presença.

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Mais e Mas...

Mais e Mas...

Queremos muito mais...

Amor além do verbo

Alegria bem contagiante

Criança feliz e vibrante.

Sabedoria do que é certo...

Desejamos sim muito mais

Ouvir a doce voz de nossos filhos

Curtir a brisa do campo lendo um livro

Debater filosofia com os amigos

Sentir a energia de o sol nascer

Prazer em versar diante do luar

Ajudar ao próximo silenciosamente

Ser instrumento de Deus constantemente...

Ansiamos com certeza muito mais,

Compreender a beleza de semear

Todo o bem que pudermos expressar.

A capacidade de contribuir para o futuro

Sendo presente vivo no seio familiar.

Entender a razão intelectualmente

Mas sentir-se um filho grato Divinamente.   

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Infância 2

Infância 2

Na rua, em casa ou no campo

O canto ecoa em todas as regiões

Saudade que anima todos os corações

Brincadeiras de criança e seu encanto

Estórias felizes para espantar o pranto

Quem não se lembra da famosa adoleta?

Animação que não deve ficar obsoleta

Sílaba que vai e vem sem escolher ninguém

A música termina e terás que pisar no pé de alguém.

Nota por nota e a Vitória virá com certeza.

Segue nas ruas com seus riscos e rabiscos

Formas geométricas desenhadas à mão

Tradicional amarelinha rabiscada no chão

Será bom ter muito cuidado onde piso

Errando com certeza ouvirei muitos risos

Ninguém quer cair no perigoso inferno.

Lembranças de um caminho fraterno

Nas asas um descanso para o céu

Vencer a todo custo e receber o troféu...

Histórias de uma infância guardada no caderno.

Além do famoso futebol tinha-se o queimado

Os valentões mostravam força no cabo de guerra

Batatinha frita de pulo em pulo não se erra

Quem viveu essa Infância seu sonho foi realizado.

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Infância 1

Infância 1

A chegada pode ser inesperada

Caminho a seguir tão desconhecido

Vida e paixão completamente desejada

União perpétua e desejo constituído...

Divertimento que as horas encurtam

A infância é a jornada mais abençoada

Começo de uma existência afortunada

Sonhos Divinos que tudo sintetizam.

Mundo que sobrevive na utopia da esperança

Reluz a aspiração de exato devaneio

Fantasia na educação lúdica da criança

Felicidade e alegria de um espírito sem medo.

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Sem Registro

Sem Registro

O Poder é a pior arma do genocídio

Oportunidade que não rima com capacidade

Influência mascarada de falsa habilidade

Massacre democrático em pleno exercício.

O tempo tem pressa para os medrosos

Fotografia amarelada com cheiro de sangue

Apanhe a verdade que reside fora da história

A dor passa, mas a ferida perdura na memória.

Manipulação de emoções em sementes de ódio

Justiça cega e veemente condenatória

Conhece-se um País pelas esmolas na oratória

Vencer os obstáculos, pois a Verdade é nosso ópio.

Todo artista não pode ser ofensivo

Tem um viés totalmente criativo...

Que defende político se afasta da humanidade,

Pretexto sem argumento e fora da moralidade.

Fernando Matos

Poeta Pernambucano