Estranho

Estranho

Chegastes com a mansidão e pura

Ingrato não soube acolher com cortesia

Entre o bêbado e o equilibrista

Há uma estrada de desejos que se mistura.

Antes de acordar já estava guardando-me

Dos perigos e orientando minha jornada

Feito aluno indisciplinado, pôs-me em retirada

O covarde sempre foge em bando...

Então...

Quando sofri as chagas no corpo quis morrer

Quando a solidão chegou... Desejei morrer

Quando chorei na madrugada fria, almejei morrer

Assim que tudo parecia deserto cobicei, viver.

O sofrimento revela a verdade

A realidade inspira o conhecimento

Renova ideias e elucida o pensamento

Dei-me a mão, Vida, agora caminhemos

Com suavidade...

Fernando Matos

Poeta Pernambucano