Sozinhos
Nenhum espírito deveria
caminhar sozinho...
Houve uma história que não
lembramos
Alguém um dia começou um
novo caminho
Reflexo do ontem em tudo que
planejamos.
Nunca iremos chorar desacompanhados...
Lágrimas foram vertidas para
você nascer
Respeitar o direito único de
sentir-se livre
É graças ao esforço que um
passado permite
Alguém lutou muito antes,
para hoje viver.
Nunca iremos chorar
desacompanhados...
É fácil atualmente muitos
quererem ostentar
Quando outrora foi difícil fazer
uma trajetória
Sonhos existiam, mas não
tinham memória
Agradecer mesmo antes de o
dia acabar.
Nunca iremos chorar desacompanhados...
Muito sangue não foi inutilmente
derramado
Diversas vidas queriam desfrutar
do belo
Todavia, mutiladas e seus
desejos em flagelo
Esquecidos após o terceiro
dia de sepultado.
Nunca iremos chorar
desacompanhados...
Música de saudade tem apenas
uma nota
Melodia de compaixão é
fixada na história
Aplauso na partida não se
guarda em memória
É lindo e ímpar ver o voo da
gaivota
Entretanto ninguém conhece a
triste trajetória.
Nunca iremos chorar
desacompanhados...
O maior tesouro é o futuro
plantado no presente
Valorizando a garra e
determinação de quem viveu
No passado com sangue, suor
e lágrimas... Morreu.
A soma de todas as lágrimas
perdidas no tempo
Daria para encher o deserto
criado no pensamento.
Gritos no silêncio profundo
da alma não foram amparados
Então... Nunca iremos chorar
desacompanhados.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
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