A Chuva de Ontem
A chuva de ontem me deixou
ir e vir
Chegou sem pedir permissão à
madrugada
Molhava o chão trazendo
esperança
Também lembranças do antigo
mundo.
O cheiro de terra molhada de
nada mudou
O perfume afrodisíaco da
Mulher provocava
A imaginação da alma do
poeta...
O que era ontem a chuva com
certeza purificou.
A chuva de hoje não tem
nostalgia
Nem anuncia a chegada de um
novo dia
A chuva de ontem veio
embalada de poesia.
Quando voltarei a sentir a
chuva de ontem?
Talvez não venha com o mesmo
som de pureza
Desejo ouvir mais uma vez a declamação,
O canto mais puro da
natureza.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
Dr h.c. Arte e Poesia
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