terça-feira, 9 de junho de 2020

A Chuva de Ontem


A Chuva de Ontem


A chuva de ontem me deixou ir e vir
Chegou sem pedir permissão à madrugada
Molhava o chão trazendo esperança
Também lembranças do antigo mundo.

O cheiro de terra molhada de nada mudou
O perfume afrodisíaco da Mulher provocava
A imaginação da alma do poeta...
O que era ontem a chuva com certeza purificou.

A chuva de hoje não tem nostalgia
Nem anuncia a chegada de um novo dia
A chuva de ontem veio embalada de poesia.

Quando voltarei a sentir a chuva de ontem?
Talvez não venha com o mesmo som de pureza
Desejo ouvir mais uma vez a declamação,
O canto mais puro da natureza.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano
Dr h.c. Arte e Poesia


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