sábado, 20 de fevereiro de 2021

Sensível

 

Sensível


 

As novas sensações estão cinzentas

Abalaram os corações de uma geração.

Os sentidos foram percebidos

Também sentidos como um bater de asas.

 

Nada passa despercebido a quem sente

Com a mente na ligação profunda com a alma.

O que causa dor nos arranca a calma

Comovidos estamos com tanto pavor.

 

A empatia ainda pode ser a chave

Delicadeza que abre porta enferrujada.

Pessoas estão machucadas e sem tratamento

Uma agonia sentida no sofrimento do espírito.

 

Ouço o mar e sinto as turbulências das ondas

Olho para o infinito céu carente de esperanças.

Quem consegue ver com o interior não se amedronta,

Ouve o canto dos pássaros anunciando as boas aventuranças.

 

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr. h.c. em Arte e Poesia

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Até Mais Ver, o Frevo

 Até Mais Ver, o Frevo. 


Ao longe a bailarina dança sozinha

Alegre na performance da Vida

Triste em ser testemunha da partida

Sem uma despedida...


O acorda povo ficou silenciado

Instrumentos guardados 

A magia não atingiu a multidão

Guardou em cada coração a folia

Reservada que preservar o Ser

Que ainda quer ver o carnaval renascer.


Os foliões que partiram para a eternidade

Eternizados estarão em nossos corações.

A todos cantaremos com saudade e Fé

Que seja perpetuado a grande alegria

Da jornada e até breve se assim Deus quiser. 


Maracatus e caboclinhos...

Frevo de rua, de bloco e Frevo canção

Aguenta só mais um pouquinho

Brincar com saúde tem mais emoção.


Em tudo na vida é preciso crer...

Um novo lindo amanhecer de Luz e Cor,

Dando vez à alegria ao invés da dor.

Ao Frevo a folia do viver, até mais ver.


Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr h.c em Arte e Poesia 

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Facebook



sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Eu Quero Frevar

 

Eu Quero Frevar

 

Procuro os clarins do bairro de São José

A Ponte Duarte Coelho ficou sem o Rei...

O surdo ficou mudo no Bloco do Saberé

Confete e serpentina, não encontrei.

 

O mundo parou e o frevo silenciou...

A reflexão ficou no lugar da diversão

O estandarte também parou...

O maior bloco do mundo foi para dispersão.

 

Valorizando a alegria da preservação.

Próximo ano terá outra diversão

Sem ostentação e seguindo a vida

Lembrando ainda de cada despedida.

 

O frevo não parou, esperamos a nova saída.

O novo mundo vai surgir com mais seriedade.

Voltaremos a contemplar o Galo da Madrugada.

Até o Homem da Meia-noite vai controlar a ansiedade

Sabendo que seu povo irá saber esperar.

A Noite dos Tambores Silenciosos não vai silenciar

Reverberando a energia em corações ancestrais

Trazendo luz aos seus descentes mais crentes

Que em momento algum serão esquecidos, jamais.

 

Os irreverentes do Nois Sofre, Mas Nois Goza

Relembrando a alegria de Tarcisio Pereira

Pois com a nossa energia não há que possa

Frevando vai animando a tarde até a noite inteira.

 

Feérico Recife Antigo...

Esse ano não estaremos contigo...

Dois mil e vinte e um ninguém vai a lugar nenhum.

Vamos brincar a folia em família...

 

Guardei minha fantasia...

A mascará esconde a tristeza,

Mas somos brincantes de uma folia...

Irei versejar a sombrinha do frevo.

É o que devo fazer nesse momento,

Aguardando o instante certo de voltar

Então gritar: Eu Quero Frevar...

 

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr h.c. em Arte e Poesia

(Direitos Reservados ao Autor)



domingo, 7 de fevereiro de 2021

A Máscara da Vida

 A Máscara da Vida 


Entre a tristeza e a alegria 

Estamos juntos em casa

Tudo que é ruim um dia passa

Então voltaremos à folia. 


Belos rostos agora escondidos 

Alguns sorrisos infelizmente perdidos. 

Todavia preservar a vida 

Para continuar a missão 

Há um preço para viver em alegria. 


Os mascarados não ostentam orgias 

Suportam a dor da cruel euforia 

Em breve retornaremos com maestria 

A embelezar as massas da grande folia.


O verdadeiro folião respeita o semelhante 

Se guarda para uma jornada alucinante 

Pensar é  sobreviver o futuro agora e sempre

Para não sofrer a perda do atroz instante. 


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano 

Dr h.c Arte e Poesia 

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google