quarta-feira, 28 de abril de 2021

Sentença

 

Sentença

  

Nascer livre sem causa de culpa.

Se não houve danos a outros

Tão pouco pode ser condenado

Por estar vivo, apenas mea-culpa.

 

Habeas corpus garante o direito à liberdade

Mas a cada dia comentemos a fatalidade

De julgar sem precedentes o semelhante.

Então de forma insignificante e covarde

Escondemos a nossa responsabilidade.

 

A imputação foi global...

Ninguém estará imune a este mal

Incriminados sem nenhuma liminar

Feitos loucos inocentes e covalentes

Seguimos na busca de quem culpar...

 

Acusar só com o intuito de sobreviver.

No fim após condutas de irresponsabilidades

Sem nenhuma empatia cometemos atrocidades.

Novamente sem nenhum precedente

Desejamos um parecer final: Inocente.

 

Muita gente nem consegue respirar

Como irão pronunciar sua inocência?

A ciência entrou o com direito de nos defender

Com o pouco tempo para ter uma decisão final

Mesmo com o trânsito em julgado,

Ainda seremos culpados por tentar viver.

 

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr. h.c. em Arte e Poesia

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



terça-feira, 13 de abril de 2021

Misericórdia

 

Misericórdia


 

Piedade por favor para quem sentir fome...

Nem um nome tem direito na sociedade.

Sofrendo na calçada fria ou quente...

Isso não é dignidade para nossa gente.

 

É um privilégio que tem sentimentos.

Quem ainda arruma um momento

Para pensar no pesar do Irmão...

Isso se dá o nome de compaixão.

 

Órfãos da comunidade celestial.

Rogamos uma ação de real caridade.

Estamos ensanguentados de maldade.

Deixemos de ser complacentes com o imparcial.

 

Não existe mal que resista à Misericórdia.

Que a empatia seja o primeiro ato de cortesia.

Morada perpétua da Grande Concórdia.

Que haja sabedoria na Luz que nos contagia.

 


Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Dr h.c. em Arte e Poesia

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



sexta-feira, 9 de abril de 2021

Luz e Trevas

 Luz e Trevas 


A Luz precede a escuridão...

O Homem é o que deseja...

Nem sempre alcança o que almeja.

Só haverá paz no coração puro.


Mentir à Verdade é um perjúrio.

Ostentar ao invés de evoluir é loucura.

A cura existe, mas temos um dever a cumprir.

As mentes sãs sucumbiram aos murmúrios. 


O espírito impuro aproveita-se das trevas.

A cegueira está além de cada amanhecer.

Será preciso sobreviver na dor amarga.


O coração puro sente a sobrecarga,

Mas reconhece a Luz que quer carregar.

Sabe que toda lição vem para nos salvar.


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano 

Dr h.c Arte e Poesia 

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



terça-feira, 6 de abril de 2021

A Dor das Margaridas

 A Dor das Margaridas 


O tempo vai, mas nem tudo devolve.

A intranquilidade chegou e fez moradia. 

Tirando vidas com um fatal golpe 

Deixando almas em perpétua agonia.


A desarmonia do abraço, que embaraço. 

O aperto de mão que não te dei e nem vou dar.

Com o devido respeito, quem quero enganar?

A família transformou-se no lindo laço.


Laços de descobertas e incertezas...

Como em um jardim de belas flores 

Que tratam suas dores com perfume 

Preservando as espécies na natureza. 


As Margaridas também choram.

Querem de volta a quietude do olhar 

Não almejam prantear tanta saudade 

Já que a finitude nos leva à eternidade. 


Não é vergonhoso sentir falta de alguém 

O importante também é saber que além 

Da ponte um abraço nos espera...


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano 

Dr h.c em Arte e Poesia 

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google