terça-feira, 6 de abril de 2021

A Dor das Margaridas

 A Dor das Margaridas 


O tempo vai, mas nem tudo devolve.

A intranquilidade chegou e fez moradia. 

Tirando vidas com um fatal golpe 

Deixando almas em perpétua agonia.


A desarmonia do abraço, que embaraço. 

O aperto de mão que não te dei e nem vou dar.

Com o devido respeito, quem quero enganar?

A família transformou-se no lindo laço.


Laços de descobertas e incertezas...

Como em um jardim de belas flores 

Que tratam suas dores com perfume 

Preservando as espécies na natureza. 


As Margaridas também choram.

Querem de volta a quietude do olhar 

Não almejam prantear tanta saudade 

Já que a finitude nos leva à eternidade. 


Não é vergonhoso sentir falta de alguém 

O importante também é saber que além 

Da ponte um abraço nos espera...


Fernando Matos 

Poeta Pernambucano 

Dr h.c em Arte e Poesia 

(Direitos Reservados ao Autor)

Foto: Google



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