A Chave
A voz baixa é para não assustar.
A cabeça baixa não é vergonha.
O silêncio da sala parece não incomodar.
O prelúdio da solidão não enfadonha.
Cada nota do piano em curso é fuga,
Um delírio criativo e protetor.
Sozinho, sou o próprio zelador,
Da própria lágrima que se enxuga.
Tudo que é completo demais
Desconfio que tenha um vazio
No olhar de quem quer dizer
Algo mais...
A melodia já vai dar um certo fim.
O que restou de mim foi a alegria
Da própria companhia solitária.
A razão mais imaginária ou hilária
Do poeta que esconde a dor em versos.
Tentando ser a linda imagem
Em reverência ao Grande Arquiteto do Universo.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
Dr h.c Arte e Poesia
(Direitos Reservados ao Autor)
Foto: Google Imagens
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