segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Vozes Humanas.

 Vozes Humanas.


Ela nasceu e já foi ceifada…

Nem foi abraçada pela genitora.

A mentora foi a própria maldade.

Sociedade desprovida de emoção.


Morreu uma criança, sem esperança.


Encontrou a luz do mundo…

Um profundo desgosto se deparou.

Foi deixada na calçada do destino.

Era menino ou menina? Ninguém sabe.


Tão indefesa, o abandono foi sua surpresa.


Corre de um lado para o outro…

Houve um estouro em algum lugar.

Céu aberto cheio de bombas, aí vou morar.

Perdeu o direito ao nascedouro.


A Guerra é a alma desprovida de vida…


São tantas vozes humanas perdidas…

A carne é abatida sem direito ao consumo.

Que mundo sem voz é esse?

Paga-se bem a quem encontrar à terra prometida.


As cordas vocais, grita e é ferida, pela humanidade.


Fernando Matos

Poeta Pernambucano. 

Dr h.c em Comunicação Social 

Dr h.c em Arte e Poesia 

Foto: Google Imagens




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