Vozes Humanas.
Ela nasceu e já foi ceifada…
Nem foi abraçada pela genitora.
A mentora foi a própria maldade.
Sociedade desprovida de emoção.
Morreu uma criança, sem esperança.
Encontrou a luz do mundo…
Um profundo desgosto se deparou.
Foi deixada na calçada do destino.
Era menino ou menina? Ninguém sabe.
Tão indefesa, o abandono foi sua surpresa.
Corre de um lado para o outro…
Houve um estouro em algum lugar.
Céu aberto cheio de bombas, aí vou morar.
Perdeu o direito ao nascedouro.
A Guerra é a alma desprovida de vida…
São tantas vozes humanas perdidas…
A carne é abatida sem direito ao consumo.
Que mundo sem voz é esse?
Paga-se bem a quem encontrar à terra prometida.
As cordas vocais, grita e é ferida, pela humanidade.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano.
Dr h.c em Comunicação Social
Dr h.c em Arte e Poesia
Foto: Google Imagens
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