quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Dádiva.

 Dádiva.


J.S.B. faleceu recentemente.

Viveu com grande dignidade.

Será recordado por toda a eternidade.

Chegou o momento de alçar outros voos.


Deixou um legado para toda a vida.

Doou os seus órgãos aos seus semelhantes.

Abdicando de algo indescritível e muito significativo.

Viveu uma história brilhante na sua despedida.


O rim que para ele já não mais servia.

Pode ajudar um irmão que estava em agonia.

Assim foi feito e a pessoa que recebeu o órgão.

Ajoelhou-se e fez uma oração de agradecimento.


O fígado foi recebido por um ser solidário.

Ele já não era um doente hepático.

Foi um momento fantástico que só fez crescer.

Ah, se toda a gente pudesse assim viver!


Aproveitaram o pâncreas, a córnea e até o coração.

O pulmão fez alguém respirar de alívio.

J.S.B. seguiu para um destino cheio de significado.

Cada destinatário revive agora uma grande emoção.


Haverá sempre um ato de generosidade.

A caridade vem do interior do ser humano.

Enganam-se aqueles que pensam que tudo acabou.

Há um novo sentido que promove a solidariedade. 


Fernando Matos

Poeta Pernambucano. 

Dr h.c em Arte e Poesia 

Dr h.c em Comunicação Social 

Foto: Google Imagens



sábado, 18 de janeiro de 2025

Fugi para o Frevo.


Fugi para o Frevo.


Fugi para o frevo, alegria de brincante.

Peguei a sombrinha, levei junto a mim.

O calor estava de ferver qualquer semelhante.

Nada disso ia nos deter de ouvir o som do clarim.


A turma toda reunida, o frevo estava no ar.

Sombrinhas coloridas, prontas para dançar.

Todos na praça, ao som do frevo rasgado.

Corações pulsando, feliz, num ritmo acelerado.


Seguimos a trilha, sob o sol escaldante.

Frevo nos pés, no corpo inteiro, paixão que brilha.

Recife e Olinda ferve, num turbilhão brilhante.

Na ilha da frevança, toda alegoria destila alegria.


Rasgamos a tarde numa só coreografia.

Num vaivém de frevo, a pura metodologia do passo.

O suor escorria na energia ímpar do frevo.

Herança viva do Mestre Nascimento do Passo.


Fugi para o frevo, deixei tudo para trás.

Minha terapia na dança nela encontro a paz.

A praça era nossa, o palco perfeito dos brincantes.

Estávamos num êxtase coletivo bem elegante.

Cada passo, um verso, um poema eternizado.


Fernando Matos

Poeta Pernambucano. 

Dr. h.c. em Arte e Poesia.

Dr. h.c. em Comunicação Social.

Foto: Google Imagens 



quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

A Sabedoria da Ancestralidade.

 A Sabedoria da Ancestralidade.


A sabedoria é o elo entre os tempos.

Força que carregamos na raiz da história.

União que fortalece a nossa memória infinita.

Amadurecer com sabedoria em todos os acontecimentos.


Somos a raiz da mais pura ancestralidade.

Uma árvore da vida que traz a força da resistência.

Um elo que fortalece a história da nossa essência.

Ascendência que merecemos de toda a hereditariedade.


Raiz da árvore da vida dada pelo Poderoso Criador.

Tão majestoso, entrelaçando culturas.

Um símbolo que resiste bravamente ao tempo.

Uma história de resistência vivida com grande louvor.


Somos filhos da força, da resistência e do acolhimento.

Sejamos guardiões das memórias de nossa ancestralidade.

Raiz, caule, folhas, coroa, flores e frutos da humanidade.

Consideremos a história de Grande Ensinamento.


Baobá da luz e da força que nos liga aos nossos antepassados.

Símbolo que reconhecemos por toda a sua perseverança.

Reeducar com o poder da luz e da Liberdade.

Esperança na Humanidade de Igualdade e Fraternidade.


Somos o resgate do nosso orgulho e valorização.

Um símbolo sagrado de Saúde, Justiça e Educação.

Sejamos a Luz de todo crescimento.

Vamos continuar a valorizar a nossa memória e desenvolvimento.


Fernando Matos 

Poeta pernambucano.

Dr h.c em Arte e Poesia 

Dr h.c em Comunicação Social 

Foto: Google Imagens



Prelúdio do Perdão.


Prelúdio do Perdão.


Nascer já é um grande perdão.

Escolher viver para evoluir.

Seguir uma Luz no universo infinito.

Bendito seja o berço da transformação.


Absolver é declarar liberdade ao mundo.

Libertar-se de uma grande dor.

Reconhecer o poder do próprio amor.

Sentir o toque da Grande Divindade.


É preciso limpar-se de sentimentos impuros.

Deixar ir a mágoa, o ressentimento e a tristeza.

Ninguém merece manchar a sua própria natureza.

Não há nada mais puro do que perdoar para ser perdoado.


A sua saúde física e mental agradecer-lhe-á.

O sistema imunitário vai abrandar.

Uma nova visão surgirá.

A maturidade pessoal melhorará.


Acima de tudo, perdoa-te a ti próprio.

Porque nada foi em vão.

Tudo é sempre uma grande lição.

O prelúdio do perdão começa na alma.

Por isso, vai com calma e não te estragues.

Não leves demasiada bagagem na tua missão.


Fernando Matos

Poeta Pernambucano.

Dr h.c em Arte e Poesia 

Dr h.c em Comunicação Social 

Foto: Google Imagens