Fugi para o Frevo.
Fugi para o frevo, alegria de brincante.
Peguei a sombrinha, levei junto a mim.
O calor estava de ferver qualquer semelhante.
Nada disso ia nos deter de ouvir o som do clarim.
A turma toda reunida, o frevo estava no ar.
Sombrinhas coloridas, prontas para dançar.
Todos na praça, ao som do frevo rasgado.
Corações pulsando, feliz, num ritmo acelerado.
Seguimos a trilha, sob o sol escaldante.
Frevo nos pés, no corpo inteiro, paixão que brilha.
Recife e Olinda ferve, num turbilhão brilhante.
Na ilha da frevança, toda alegoria destila alegria.
Rasgamos a tarde numa só coreografia.
Num vaivém de frevo, a pura metodologia do passo.
O suor escorria na energia ímpar do frevo.
Herança viva do Mestre Nascimento do Passo.
Fugi para o frevo, deixei tudo para trás.
Minha terapia na dança nela encontro a paz.
A praça era nossa, o palco perfeito dos brincantes.
Estávamos num êxtase coletivo bem elegante.
Cada passo, um verso, um poema eternizado.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano.
Dr. h.c. em Arte e Poesia.
Dr. h.c. em Comunicação Social.
Foto: Google Imagens
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