sábado, 18 de janeiro de 2025

Fugi para o Frevo.


Fugi para o Frevo.


Fugi para o frevo, alegria de brincante.

Peguei a sombrinha, levei junto a mim.

O calor estava de ferver qualquer semelhante.

Nada disso ia nos deter de ouvir o som do clarim.


A turma toda reunida, o frevo estava no ar.

Sombrinhas coloridas, prontas para dançar.

Todos na praça, ao som do frevo rasgado.

Corações pulsando, feliz, num ritmo acelerado.


Seguimos a trilha, sob o sol escaldante.

Frevo nos pés, no corpo inteiro, paixão que brilha.

Recife e Olinda ferve, num turbilhão brilhante.

Na ilha da frevança, toda alegoria destila alegria.


Rasgamos a tarde numa só coreografia.

Num vaivém de frevo, a pura metodologia do passo.

O suor escorria na energia ímpar do frevo.

Herança viva do Mestre Nascimento do Passo.


Fugi para o frevo, deixei tudo para trás.

Minha terapia na dança nela encontro a paz.

A praça era nossa, o palco perfeito dos brincantes.

Estávamos num êxtase coletivo bem elegante.

Cada passo, um verso, um poema eternizado.


Fernando Matos

Poeta Pernambucano. 

Dr. h.c. em Arte e Poesia.

Dr. h.c. em Comunicação Social.

Foto: Google Imagens 



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