Vibrações do Alto
Subo a colina sem hesitar
Como a promessa não paga
É qualquer forma de curar
O mal criado no cativeiro da
alma.
Do alto um microfone
solitário
Esperando pelo andarilho
Ao contrário dos palcos da
vida
Esse ambiente cênico
É para uma relação íntima
De Pai e filho...
São tantas falas mudas
Para proferir e esvaziar
O espírito das poeiras
mundanas
Emoções frias e quentes
Humanas e carinhos partidos
Olhos carentes de perdão.
O ator não precisa de
microfone
Ele grita o nome projetado
No infinito imaginário.
O calor emocional do último
espectador
Sozinho que nunca conheceu
Mas agora de te ama
Sem mesmo saber seu nome.
O poeta triste pinta o rosto
Esconde se atrás do palhaço
Que na fria risada
Chora a perda de sua amada
Ainda que leve nome de
ladrão
Do coração alheio.
Desligo o microfone
Descendo a colina
Ao som inspirador
Da última melodia no
saxofone
O blues da águia
Que maravilhosamente aguça
A visão em busca da Divina
Vitória.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
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