terça-feira, 3 de abril de 2018

Ressurgente


Ressurgente



Falta-me destreza para cumprir a missão
Essa dolorosa e amarga jornada do viver
Contabilizo negativo entre sorrir e sofrer
É grande o encargo da cega visão...

A noite longa roubou-me o divino sono
O inimigo feroz atacou a mansidão
O grito foi abafado por choros no porão
Imundo sem luz em completo abandono

Na existe acordo no suplicio dos condenados
Já caminhei mais da metade do caminho
Falta pouco para voltar ao Verdadeiro ninho
Onde irei respirar o ar puro dos desassombrados.

A água agora é límpida e transparente
Não existe mais sede nem a terrível fome
Tão pouco importa saber mais o meu nome
Ressurjo vivo longe das sombras paralelamente.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano





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