Ressurgente
Falta-me destreza para
cumprir a missão
Essa dolorosa e amarga
jornada do viver
Contabilizo negativo entre
sorrir e sofrer
É grande o encargo da cega
visão...
A noite longa roubou-me o
divino sono
O inimigo feroz atacou a
mansidão
O grito foi abafado por
choros no porão
Imundo sem luz em completo
abandono
Na existe acordo no suplicio
dos condenados
Já caminhei mais da metade
do caminho
Falta pouco para voltar ao
Verdadeiro ninho
Onde irei respirar o ar puro
dos desassombrados.
A água agora é límpida e
transparente
Não existe mais sede nem a
terrível fome
Tão pouco importa saber mais
o meu nome
Ressurjo vivo longe das
sombras paralelamente.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
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