O Rio dos Ventos
Não importa onde nasce a
tempestade
Sentimentos irão
continuamente se agitar
Vozes ecoarão mais forte que
um trovão
Tudo porque faltou
comunicação e caridade...
Nada é tão intenso que a perturbação
do pensamento...
O grande tumulto tem sua
origem no silêncio do quarto
Paredes que escondem as
lágrimas como herança...
A esperança não se divide no
abandono do sentimento.
Paramos de discernir para
fantasiar as loucuras alheias
Ilhas de enormes e constantes
perversidades
Somos sentenciados por
termos sagacidade
Talvez a salvação humana
esteja no ventre das baleias
Entretanto até elas são
exterminadas por nossa maldade.
O mau tempo sequer chegou e
os ventos ainda trabalham
Na limpeza da mãe terra...
Bons frutos estão apodrecendo
Até nas mais intimas orações
estamos morrendo...
Apenas os animais entre si
sobrevivem e confiam... Na eternidade.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
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