terça-feira, 23 de julho de 2019

Alucinação e Silêncio


Alucinação e Silêncio


Outro dia caminhando pela cidade
Observei um cidadão a minha frente
Foi algo muito estranho e inesperado
Receoso... Ele parecia consternado
Era um ser íntegro e semblante curioso.


Um homem tão silencioso e calmo
O que deveria estar fazendo?
Fiquei desejoso em saber...
Usava uma indumentária bem social
Estava de posse também de sua bengala
Nada formal, contudo já havia visto aquele ritual...


Desejei tanto iniciar uma conversa amigável
Instigado por obter informações sanando
Assim a grande curiosidade, era inevitável...
Entretanto toda vez que me dirigia à pessoa
Notava certa distância entre nós...
Será que fiz algo a ele? O Silêncio ecoa...


Foi então que o obscurecimento acabou
Tudo mais nítido ficou e muito real...
Era a minha imagem de homem velho
A idade avançou e não fiquei antiquado
Maduro sim, nunca ultrapassado...
Pela minha imagem alucinógena
Fui enganado...
O Silêncio da Alma ainda me segue
Caminho olhando a vida, bem altivo
Sou da Luz e nada me obscurece...


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


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