Caleidoscópio
Nem todas as imagens estão distorcidas
Inclino o ângulo do passado sem perceber
Que o brilho já passou também sem receber
A fotografia da presença não bem definida...
Cada movimento que nunca trouxe combinação
Seguiu no percurso transitório dos devaneios
Hoje perdidos em um universo de perversos anseios
Maculando a vontade de estar em plena ação...
A gravura encontra caída em pequenos pedaços
Cristal quebrado obliquando a determinada reflexão
Alma arranhada, cruz armada, indeterminada direção
Os atos não serão uma nuvem no infinito regaço...
Procurei um lugar chamado abrigo... Encontrei perigo.
No interior do Ser improvável, ilusões sem controle
Que a herança seja a luminosidade do caleidoscópio
A mágica do amor é o verdadeiro ópio, derradeiro exílio.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
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