sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Volto Para Mim


Volto Para Mim


Felicidade quando eu daqui partir,
Vivi a certeza da paixão com intensidade
Corri atrás, voando sem saber aonde ir...
Vou sorrindo vivendo cada oportunidade.

Se a paixão é eterna, na terra ela ficará...
Para todas as cartas perdidas,
Uma lágrima perdida...
O amor é a última fronteira a ultrapassar.

Volto para mim antes que me perca
Acerca do pensamento doudivano
Sigo a estrada sem o sentimento insano.

Algum dia voltará àquela lembrança
A certeza inevitável da morte
Por sorte tive o enorme prazer...
Em amar você.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano


segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Penitência


Penitência


O poeta pecou e não foi perdoado.
Foi julgado pela Grande Luz...
Sentenciado a viver um eterno adeus
Perpetuando apenas seus escritos.

A vida do poeta era uma seara de paz
Até que certo dia pela carne se encantou,
Teria que escolher a eternidade ou o amor
Uma decisão onde a dor não passou jamais.
Caminhou pelo deserto do pensamento
Apenas com um papel e um lápis
Semeador das palavras com forte raiz
Uma dádiva merecida após o julgamento.
Solidão passou a ser seu cobertor
Dia e noite sem tempo certo
Chorar por um sorriso ou um afeto
Seria a recompensa à sua dor.
A lua seria o espelho para revelações
O calor de um abraço o bônus espiritual
Apesar da pouca duração carnal
Sentimentos em versos uniram corações.

Versos poéticos tornaram melodias
Canções levaram esperança
Educaram crianças...
Versejar ao mundo é a sua ousadia.

Cicatrizes são linhas de uma história
Beber da vida é engolir certas verdades
Nem toda estrada nos leva a maldade
Aqueça o coração para receber a Glória.

Onde há poetas existe a florescência
Com suas variedades de encantar
Coexistir entre os humanos não é penitência
Evoluir e expandir as diversas formas de amar
Será a expansão gloriosa de toda uma existência.


Fernando Matos
Poeta Pernambucano


sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Lua e Carícia


Lua e Carícia


Caminhos perdidos,
Paixão é uma escolha
Amor é uma folha
Nos corações esquecidos...

Tão longe é a morada
Nos versos tão próximos
Influente e sagaz
Grandiosa e voraz
Desejos da alma apaixonada...

Amor
Segredo
Desejo
Clamor
Iluminação
Corporal
Especial
Manifestação
Cativo
Canções
Emoções
Resisto...

Os dedos poéticos em carícia
Oscular o perímetro permitido
Olhar de lobo atrevido...
Ecos de gritos e vozes perdidas.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano


segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Éramos Assim


Éramos Assim...


Passado não é história ou nostalgia
É força que nos alimenta a alma
Nas intempéries e as vezes a calma
Que tanto almejamos todos os dias.

Éramos crianças com vontade de sonhar
Em cada nuvem um desejo viajava no vento
Os heróis ganhavam destaque no pensamento
A imaginação fortalecia o criativo caminhar.

Éramos jovens e suas verdades revolucionárias
A carência de ter era maior do que ser
Vivíamos as ilusões sem a pressa de viver
Crianças desenvolvidas em ações imaginárias.

Éramos o sonho de alguém bem distante
A saudade saciada no calor de um abraço
O carinho em estar presente no mesmo laço
De afetividade e a noite nunca foi o bastante.

Assim construímos um brilho todo especial
Antes de terminar de ler e sentir esses versos
Faça um pedido puro a ser lembrado no futuro
O Universo cuida de quem ama o essencial.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano




Ávido


Ávido


A voz presa entre o nascer e a ascensão...
Perguntas que surgem no meio das respostas
O medo é a contramão e andamos de costas
Enquanto o trem mantém a velocidade da evolução.

À noite as vozes perdidas entrelaçam a comunicação
O sonho ávido quebra o gelo do ser e do estar...
Amanhece e os olhos exercem o direito de filtrar
A Luz da Escuridão...

A ansiedade alimenta a paixão,
A serenidade nutre o amor...
Plenitude que equilibra a emoção,

Somos intensamente insaciáveis
Esquecemos a valor do ilibado fruto
A caminhada é longa com tempo curto
Infinita compreensão de desejos imensuráveis.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano