Ele tão simples morador recifense.
Ela tão nobre encantadora olindense.
Senhor tão cheio de sonhos e desejos…
Uma Sina.
Donzela tão bela, uma flor de menina…
Um Lampejo.
Rosto colorido com alegria de palhaço.
A linda jovem sonha nas nuvens em ser bailarina.
Amor de palhaço perde o brilho no espaço.
Restando o preto no branco, triste coração.
Paixão de Colombina ferve no compasso,
Do frevo que ferve no calor de toda ilusão.
Pierrô suspira em conhecer a folia de Olinda.
Colombina almeja bailar no Recife Antigo.
No meio do caminho uma vontade no olhar,
Ele com a fantasia colorida um beijo roubar.
Ela iluminar olhos carentes em pleno carnaval.
Corações opostos se unem no plano espiritual.
Quando as emoções desconhecidas se aproximam,
O universo conspira e fica silenciado…
Folia que reúne ilusões que nos cercam.
Centro de Convenções unindo apaixonados,
Pela alegria finita de um grande carnaval.
Olhares que no calor momesco se encontram.
Um sorriso, um beijo na mão…
Vem um aperto no coração.
A orquestra toca vassourinha e tudo se mistura.
Olhares se perdem ao som fervoroso e sem fim,
Restando apenas a lembrança daquele olhar.
O dia amanhece e mesmo sem saber da iluminada
Colombina, ela desaparece entre o raio solar.
Ao longe o Pierrô observa sua mulher desejada,
Ser carregada nos braços e no sorriso de um arlequim.
Fernando Matos.
Poeta Pernambucano.
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