O Dia em que um Anjo Chorou
Tudo que é perfeito nasceu
de muito suor, sangue e lágrimas. Na linha tênue entre os dois mundos vozes de
cobiça, luxo e ostentação ecoaram. Preocupado com a evolução Humana a Grande
Luz quebrou o espelho do Homem. Perdidos em seu próprio espaço não conseguiram
entender o pranto, o silêncio da partida e nem tão pouco como buscar a redenção
em vida.
O ar se tornou impuro,
passamos a usar máscaras. Sentimos repugnância ao toque, deixamos de abraçar e
de sentir a força do aperto de mão. O medo fez a humanidade limpar seu ambiente
mais puro que existe, o corpo humano, o templo da vida. A necessidade de limpar
cada vez mais e mais enlouqueceu os menos cuidadosos. A vaidade caiu e com ela,
ficamos de joelhos para pedir perdão, saúde e orientação na Nova Era.
Passamos a observar e viver
o agora, porque o amanhã ficou cada vez mais longe. Todavia foi enviado Anjos
de Luz para redirecionar os humanos ao destino correto. Passamos a entender
melhor o que é afeto familiar, verdadeiras amizades, o valor em estar vivo para
continuar a evolução. Ainda existem seres vivos com frio, fome e desamparados
do calor humano? Sim. Entretanto, essas pessoas com sentimentos, resiliência e
fé são os mais protegidos porque em sua grande maioria conseguem entender que
tudo é passageiro e Eterno é o Grande Ensinamento diário.
Em cada partida um Anjo
verteu lágrimas e em cada lágrima o bálsamo da consolação Divina preparando o
espírito viajante para um propósito maior. “Para haver redenção é preciso
respeitar a transformação do pensar sem perder a essência humana…” e o poeta
ainda diz: “É no desespero que beijamos a mão da escuridão… Na Redenção
recebemos o carinho da Divina Criação.” (Fernando Matos). Refletir é entender o
ir e vir, sem muito pedir para entender o quanto é bom viver em Gratidão.
Fernando Matos
Poeta Pernambucano
Dr h.c em Arte e Poesia
Dr h.c em Comunicação Social
(Direitos Reservados ao
Autor)
Foto: Google Imagens
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