Fato.

 A morte não é tão má assim.

Para mim, parece uma libertação.

Ela está em todo o lugar.
Do mesmo modo que a vida.

Vivemos o agora para chegar ao fim.
Todo átomo precisa ser renovado.
O céu não deixará de ser contemplado.
O infinito também acaba, enfim.

Plantar o bem só deixa, pegadas.
Quem faz o mal também…
O que importa, são as palavras.
Elas ferem ou iluminam…

Ninguém sabe o dia de sua morte.
Se tiver sorte será dormindo.

Ou quem sabe ouvindo um (“blues”).
Os iluminados têm bom gosto musical.

Seja qual for a sua, seja forte.
Um dia comecei a falar e andar.
No futuro alguém vai me carregar.

Não adianta tanta arrogância.
Se um dia a boca será cerrada.
Não importa muita elegância.
Se além túmulo a vida já foi marcada.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano.

Dr h.c em Arte e Poesia 

Dr h.c em Comunicação Social