sexta-feira, 14 de março de 2014

Boa Noite - Poesia de Fernando Matos

BOA NOITE

Corpo lento e uma vontade
Imensa de se jogar numa rede
Onde a idade não tem pressa.
É a musculatura do trabalhador,
Do estudante, que labuta dia a dia
Esquecendo a dor e almejando
O sucesso próprio e da família.

É aquele chinelo velho
Que me chama de volta à casa
Acolhedora
É o sorriso largo das crianças
E da patroa
Que neste instante prepara a janta
Quentinha, arruma a mesa e se
Perfuma inteirinha.

Nada como um Lar confortável
Onde a Luz entra pela porta
Preenche a sala, os quartos e
Saí de mansinho pela janela
Sem deixar saudade... Senhor
Trabalhastes muito para
criar este mundo e eu só
preciso de mais uma noite
para a mente e o corpo descansar
e quando o dia amanhecer
forte está e ir ao encontro da evolução.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano





Bom Dia - Poesia de Fernando Matos

BOM DIA

Bom dia
bom dia para vida
que nasce e segue
para partida com
A promessa de um novo mundo.

Bom dia para alegria
que nunca se entristece,
bom dia para o amor
que todos os mementos
clama pela união dos povos.

Bom dia para a justiça
dos homens e a grande
e Iluminada Justiça Divina,
que nos anima na
caminhada diária.

Bom dia para o carinho
que nos aquece o ninho,
o aconchego, chamego
que embala e transforma
o Ser Humano.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano








quinta-feira, 13 de março de 2014

OLINDA LUZ - Homenagem a minha cidade de Sonhos

OLINDA LUZ

Transporto-me em ladeiras 
sem fim.
O vento do passado
beija-me a face
com gosto de vinho envelhecido.

Ó Linda lua coesa à
serenata...
Fez-me sentir o calor
dos lábios saudosos
da mulher amada.

A vida transcendente,
exprime esse corpulento
em poema.
Espírito declamador
da vida em luz do bem querer.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano



RECIFE ANCESTRAL - Homenagem a minha linda Cidade

RECIFE ANCESTRAL

Recordo com comoção 
meu pai ensinando-me 
a andar nas ruas da cidade
que nasci e que atribuiu a minha vida
alegrias e fortes emoções.

E agora crescido,
vivo a andar em pontes
que um dia levou e fascina
irmãos tão distantes.

Crio afinidade às ruas
de pedras antigas que
com nostalgia trilhei
nos braços de meus pais.

Incrível a felicidade
que não tem idade.
Todos que aqui chegam
recebem a beleza das núpcias
da lua com o mar.

Fico a cortejar
a linda Mulher no
nosso Recife Antigo,
amanhã serei o pai
a ensinar esta beleza ao meu filho.

Esqueço as tristezas quando
olho as esquinas que atravessei,
sabendo que tornei-me grande
como os rios que levam sem destino
a poesia do belo Recife e
sem querer deixam suas lembranças
no nosso dia- a- dia.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano



terça-feira, 11 de março de 2014

Sertão Amigo - Poesia Inesperada de Fernando Matos

SERTÃO AMIGO

Estava minha pessoa
assim meio a toa
assistindo um programa 
animado
quando ouvi o celular
tocar
e trazer boa novas
na voz da Amiga Cristiane Holanda ...
Poeta vai assistir poesia
da nossa terra
e sem pensar muito naquilo
fui e atendi
o pedido.

Vi a terra dos poetas
e da amiga Gloria Montenegro
São José do Egito
quase grito de emoção
quando ouvi também
falar das paragens
de Maciel Melo
poeta cantador
canta mais alegria
do que a dor
mostrando que o
Nordeste tem
cabra da peste e
gente sofrida
mas que leva na lida
o sabor do amor.

Sou poeta da terra
do frevo
e não me atrevo a
muita cantoria
pois declamo
meus versos
simples como
minha bermuda e meus
chinelos
Sou poeta das emoções
rimas que embala
corações sem precisar
de regras
apenas sentimento

Fernando Matos
Poeta Pernambucano 



sexta-feira, 7 de março de 2014

O ÚLTIMO CARNAVAL - Poesia de Fernando Matos

O ÚLTIMO CARNAVAL 

Lembranças invadem 
Sem pedir licença 
Recordações coloridas 
Vão e vem em cores fortes 
E em outras partidas. 

Aquela fantasia multicor 
Hoje causa dor na saudade 
Fotográfica em álbum de borrões 
Pergunto onde ficou o brilho 
Folião? 

As mãos estendidas ao alto 
Exaltava Dionísio em sua 
Fertilidade primitiva.
Agora a idade regula a 
Forma criativa não perjurando 
O conteúdo da animação. 

O tempo muda e as canções 
Não passam de meras 
Recordações antológicas 
As pernas jovens não conseguem 
Saltar suas coreografias.
As tradições carnavalescas 
Terminam na ressaca moral 
Do despertar pagão. 

Guardo o sorriso como bússola 
Que me guiará aos confetes e 
Serpentinas... Marcha Palhaço 
Seguindo o coração pulsante da 
Sua colombina. 

Fernando Matos
Poeta Pernambucano




quarta-feira, 5 de março de 2014

A ÚLTIMA PAISAGEM - Poesia de Fernando Matos

A ÚLTIMA PAISAGEM

Caminho descalço entre espinhos, 
As pedras quentes já perderam 
Sem calor e o ninho da vida 
Pérfida hoje é vento do passado.

As roupas são leves como brisa
Suave que vagueia sobre girassóis
Divinos, revestido por palavras e fé
Sigo sem medo de tropeçar.

As mãos que procuravam refúgio
E amparo nas carnes impuras
Hoje reconhece a mansidão
da energia infinita.

Fernando Matos
Poeta Pernambucano