Atemporal
Tempestade de palavras
Raios e trovões encobrem
Gritos de pavor das almas
Tristes corações perdidos
No assolear da palavra,
Amém.
Foi em sonho observado
Um Templo vazio
Sem imagens, sem cadeiras.
Apenas um lugar iluminado
O único frio vinha do meu
interior
Com dúvidas que permeiam
O limiar da dor do espírito
aprisionado.
Aconchegado pela Energia
Perdi-me no tempo
Sem saber se era noite ou
dia.
Tentei abrir uma das janelas
Ouvi gritos de dor e gemido
Som plangente, algia lancinante.
Profecia em
ascensão
Medo não
sentia, estava protegido.
Atemporal ficou
minha oração
Certa voz
ao longe enunciava
A missão do
jovem guerreiro.
O sonho
acabou, fiz um pronunciamento.
Estamos presos
no tempo
Entretanto,
ninguém quer a liberdade.
Fernando
Matos
Poeta
Pernambucano
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